quinta-feira

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Mensagem aos fiéis leigos e leigas da Arquidiocese de Mariana

21 de novembro de 2020 Arquidiocese

“A imensa maioria do povo de Deus é constituída por leigos. Ao seu serviço, está uma minoria: os ministros ordenados. (…) pode-se contar com um numeroso laicato, dotado de um arraigado sentido de comunidade e uma grande fidelidade ao compromisso da caridade, da catequese, da celebração da fé. Mas, a tomada de consciência desta responsabilidade laical que nasce do Batismo e da Confirmação não se manifesta de igual modo em toda a parte; em alguns casos, porque não se formaram para assumir responsabilidades importantes, noutros por não encontrar espaço nas suas Igrejas particulares para poderem exprimir-se e agir por causa dum excessivo clericalismo que os mantém à margem das decisões” (Papa Francisco – Evangelii Gaudium, n. 102).

Celebrando a Solenidade de Cristo Rei, um rei que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida” (cf. Mt 20,28), um Rei que lava os pés (cf. Jo 13,12ss), que não busca ou exige qualquer coisa pra si, mas coloca como critério do julgamento final a partilha, o acolhimento, a visita, a solidariedade, sobretudo aos mais sofredores e aos mais pequenos (cf Mt 25,35ss), celebramos também o Dia Nacional do Laicato.

Faz muito sentido. Só é possível viabilizar a construção desse Reino a partir da presença, do testemunho e do trabalho incansável e gratuito de leigas e leigos que se apaixonam por Jesus Cristo e por sua causa. E, apaixonadas(os), colocam seus dons e sua vida a serviço.

O papa Francisco, como vemos acima, inverte o pensamento tão comum entre nós. Os ministros ordenados estão a serviço do laicato. E não o contrário.

Por isso, em nome da coordenação arquidiocesana do laicato, venho expressar nossa profunda gratidão a você, irmã e irmão de fé, por sua presença tão bonita e necessária na vida e na ação pastoral da nossa Igreja Particular. Vocês fazem a diferença! São, de fato, sal e luz para muitos. Não são o Fermento, mas sabem misturá-lo na massa para que ela cresça.

Ao mesmo tempo, venho também pedir perdão por tantas vezes que deixamos de reconhecer e valorizar a sua missão. Muitas vezes por falta de conhecimento, mas também por insegurança ou por uma consciência limitada da verdadeira eclesiologia e da ministerialidade. Rezem por nossa conversão.

Peçamos juntos a luz do Espírito Santo, para entendermos cada vez melhor que o que nos distingue é somente o que fazemos, e o que nos une é o que somos, e isso é muito maior. E peçamos também para todos nós a alegria da fé, a força do amor e um renovado ardor missionário, cada um(a) com seu jeito de ser e exercendo da melhor maneira possível a sua função.

Jesus, o Bom Pastor, nos abençoe!

Pe. José Antonio de Oliveira – assessor do Conselho do Laicato da Arquidiocese de Mariana.

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