Em clima de festivo e expressiva admiração, a noite da terça-feira, 6 de maio, em Ouro Preto (MG) foi marcada pelo lançamento do livro “Dom Barroso — o Bispo da Unidade”, que retrata a célebre história de vida do Bispo Emérito de Oliveira e Filho da Arquidiocese de Mariana, Dom Francisco Barroso Filho.

Escrito por sua sobrinha Cristina d’Oliveira Castro Doi, a obra dispõe da biografia do prelado, narrando suas memórias, ordenações sacerdotal e episcopal, o pastoreio na Diocese de Oliveira (MG), encontros com Papas, acontecimentos marcantes e muito mais.

Com a presença de Bispos, sacerdotes do clero de Mariana e de Oliveira, autoridades civis, fiéis, amigos e familiares, a noite foi iniciada com a Santa Missa, às 19h, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Ouro Preto (MG).

Após a Celebração Eucarística, os presentes se dirigiram para o salão paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, onde, por volta das 20h30, foi realizada a cerimônia de lançamento. 

A mesa foi composta pelos Bispos Auxiliares de Belo Horizonte, Dom Edmar José da Silva e Dom Júlio César Gomes Moreira; o Vigário Geral da Arquidiocese de Mariana, Monsenhor Enzo dos Santos; Dom Barroso; o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo de Araújo; e a escritora da obra, Cristina d’Oliveira.

Durante seu discurso, Cristina contou que a ideia de escrever a biografia de seu “Tio Padre — como ela chama carinhosamente — surgiu de uma frase lida em livro ganhado por Dom Barroso por ocasião de seus 95 anos.

A autora Cristina d’Oliveira destacou a humildade de Dom Barroso durante sua fala.

Originalmente a autora havia pedido ao prelado que escrevesse uma autobiografia, porém ele recusou explicando ser grande pretensão falar bem de si. A solução foi pedir licença para que ela mesma escrevesse e eternizasse as histórias de seu amado tio.

“A história e a vida do Tio Padre deve ser contada, ela é uma inspiração. […] A ideia foi colocar no papel para que esse livro sirva de inspiração e exemplo para as gerações atuais e futuras”, expressou a paulistana, filha mais nova de Conceição, irmã de Dom Barroso. 

Durante a solenidade, amigos e pessoas próximas a Dom Barroso prestaram homenagens, compartilharam histórias e entoaram cantos de sua época como padre fundador do movimento Emaús na Arquidiocese de Mariana.

O oliveirense Walquir Avelar representou o município morada de Dom Barroso por 20 anos. Em sua fala, o advogado enfatizou o legado do bispo em sua terra natal.

“Em nome da cidade de Oliveira gostaria de expressar para o senhor o nosso muito obrigado. […] O senhor cativou todo oliveirense e toda a Diocese de Oliveira. Receba nosso abraço e nossa gratidão. Que Deus, Nossa Senhora da Conceição e São José o ilumine com muita saúde e seja sempre essa pessoa especial”, rogou Walquir, representando também a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Oliveira (MG).

Em entrevista ao Departamento Arquidiocesano de Comunicação (Dacom), Dom Barroso atribuiu o clima incessante de apreço estabelecido pelos presentes à manifestação do carinho de Deus para com ele.

“Eu não sei como agradecer a Deus. Tudo é dom de Deus, tudo é delicadeza de Deus para comigo através das pessoas. Vejo isso como o carinho de Deus para comigo”, destacou.

Ao ser questionado sobre o enorme prestígio recebido no dia a dia e neste evento, o prelado disse que essa notoriedade se deve por sempre prezar pelos amigos, e o que seria uma data comum havia se transformando em dia marcante.

“Eu acho que é porque valorizo muito as pessoas e dou atenção a todos sem distinção de classe. Deve ser a atenção dada a todo mundo, e quem planta colhe, não é? A coisa que eu sempre prezei na vida são os amigos, e tenho muitos amigos. Amigos sinceros e verdadeiros que são capazes de vir de longe para o lançamento de um livro”, declarou o eclesiástico de 96 anos.

O livro pode ser adquirido na residência de Dom Barroso, localizada na Rua dos Paulistas, n.º6. O valor da obra é de R$ 96,00, referenciando simbolicamente a sua idade. Todo valor será revertido para ações sociais da Associação Dom Barroso.

Texto e fotos: Paulo César Gouvêa/Arquidiocese de Mariana