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“Pacto pela vida e pelo Brasil” convida a juventude a ser protagonista na luta contra a Covid-19

17 de março de 2021 Igreja no Brasil

O documento “O Povo não pode pagar com a própria vida” publicado, no último dia 11 de março, pelas instituições signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Ordem dos Advogados do Brasil, Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, Academia Brasileira de Ciências, Associação Brasileira de Imprensa e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), além de apontar a urgente necessidade de maior empenho das autoridades na busca por encontrar soluções para enfrentar a pandemia fez um apelo especial à juventude.

“O vírus está infectando e matando os mais jovens e saudáveis, valendo-se deles como vetores de transmissão. Que a juventude brasileira assuma o seu protagonismo histórico na defesa da vida e do país, desconstruindo o negacionismo que agencia a morte”, afirma o documento.

Com a proliferação do coronavírus pelo país e com esta “nova” cepa, que teve origem no Amazonas, a doença está mais agressiva e com velocidade maior de transmissão. Os especialistas apontam que nesta nova fase da pandemia os jovens têm sido os mais afetados.

Foto: Agência Info Salesiana

Frente à essa realidade, o bispo auxiliar de Belém (PA) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, dom Antônio de Assis Ribeiro, escreveu para o portal da Pastoral Juvenil, o Jovens Conectados, sobre as juventudes na pandemia: desafios para a pastoral juvenil.  No texto, dom Antônio destaca o sofrimento generalizado imposto pela doença que atingiu todos os povos e nações em todos os continentes.

“A pandemia está impondo ao ser humano e, sobretudo aos jovens, a dolorosa experiência do distanciamento social, do isolamento para os doentes, da solidão, do medo, da incerteza, de prejuízos múltiplos… Fragilizou-se o sentido da vida, aumentou o adoecimento mental. Estão sendo colocados em cheque as seguranças humanas, a política, a economia, as ciências e também o papel da religião e da Igreja. Nesse tempo de sofrimento percebemos o aumento de movimentos de cunho fundamentalista, intimista, negacionista, tradicionalista”, ressalta o bispo.

Membro da Comissão para a Juventude da CNBB, dom Antônio aponta que é preciso repensar e redimensionar o dinamismo da Pastoral Juvenil. O bispo ressalta a necessidade de atender o chamado a contribuição do serviço pastoral para com os jovens. No texto, o bispo faz um questionamento, “qual pastoral juvenil podemos projetar e estimular?”.

“Não pise na bola!”

Imagem usada na campanha na internet da diocese de Salgueiro (PE). Foto: Ascom diocese de Salgueiro

Outra iniciativa que vem chamando a atenção na Igreja é a campanha para conscientizar os jovens sobre os riscos do coronavírus desenvolvida pela diocese de Salgueiro, no sertão de Pernambuco. A diocese tem usado as redes sociais para desenvolver a ação que utiliza frases e imagens do universo juvenil para chamar a atenção para as medidas de prevenção à Covid-19 e o respeito à vida.

Uma das publicações traz a foto de um cemitério com a seguinte mensagem: “A onda agora é curtir em casa. Não pise na bola você pode cair no leito de uma UTI”. Uma outra postagem destaca a mensagem: “Dá um tempo em casa. O Hospital agradece”.

No último dia 2 de março, o bispo dom Magnus Henrique Lopes assinou um decreto que limita as celebrações com a presença dos fiéis em todo território da diocese de Salgueiro e restringe as atividades catequéticas, reuniões pastorais e todo e qualquer evento público da igreja entre as 20h e 5h de segunda a sexta, e ao longo de todo o dia aos sábados e domingos. De acordo com a diocese, o documento episcopal tem validade até o próximo dia 17 de março e pode ser prorrogado caso o governo de Pernambuco adote outras medidas restritivas.

Dados da Covid-19

O Brasil entra na reta final do primeiro trimestre do ano com recordes na média de mortes por Covid-19: 1.976 a cada dia, 48% a mais se comparado com a média de duas semanas atrás, segundo o boletim do consórcio de veículos de imprensa atualizado às 20h, desta terça-feira (16).

Segundo o boletim, o Brasil chegou a essa média depois de registrar 2.798 mortes em 24 horas totalizando 282.400 pessoas que perderam a vida por causa da doença desde o início da pandemia. Os dados mostram ainda que nas últimas 24 horas foram registrados 84.124 novos casos de um total de 11.609.601.

*Texto: CNBB

“É hora de estancar a escalada da morte!” cobram, em nota, as entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil frente o agravamento da pandemia no país