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, 31 de agosto de 2024

Padres Carlos Geovane e José Mário são ordenados em Barbacena

27 de agosto de 2024 Arquidiocese

Em clima festivo e dentro da vivência do Mês Vocacional, centenas de pessoas se reuniram na Basílica São José Operário, em Barbacena (MG), para as ordenações presbiterais dos Diáconos José Mário Santana Barbosa e Carlos Geovane Nunes Magri.

A celebração foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, no último sábado, 24 de agosto, e contou com a presença de fiéis leigos (as), padres, seminaristas, diáconos, religiosos (as), bem como familiares e amigos dos ordenados.

Também participaram da cerimônia outros quatro bispos filhos deste clero: Dom Danival Milagres Coelho, Dom Francisco Barroso Filho, Dom Geovane Luís da Silva e Dom José Eudes Campos do Nascimento.

Da esquerda para a direita: Dom Geovane, Dom Barroso, Dom Airton, Dom José Eudes e Dom Danival. Foto: Hélio Mendes

Antes mesmo do início da missa com o rito de ordenação, a emoção e a alegria contagiavam a todos. Na oportunidade, a Corporação Musical Correia de Almeida, de Barbacena, executou algumas canções e dobrados, recepcionando aos presentes. Dentre as interpretações, estava o hino da Beata Isabel Cristina, escrito pelo então Diácono José Mário.

A Santa Missa com o rito de ordenação teve início por volta das 10h quando, sob aplausos, os diáconos foram recepcionados na Basílica São José Operário. Na homilia, o Arcebispo Metropolitano de Mariana explicou sobre o ministério ordenado, pontuando que a Igreja, por meio dos seus ministros, continua a missão dos apóstolos de anunciar a Jesus Cristo e os valores do Reino de Deus.

“Por isso, o ministro ordenado assume compromisso perpétuo, ou seja, para toda vida”, disse. “A configuração que nós recebemos na ordenação ela é eterna. Nós seremos padres também depois que partirmos desse mundo”, complementou Dom Airton.

Dom Airton refletiu sobre o ministério sacerdotal na homilia. Foto: Thalia Gonçalves

Na reflexão, dirigindo-se diretamente aos candidatos ao sacerdócio, Dom Airton detalhou sobre o significado da incardinação ao clero da Arquidiocese de Mariana. “Essa ligação é ontológica, é uma ligação espiritual. Não é uma ligação apenas jurídica. […] É uma vontade divina de vocês estarem a serviço dessa Igreja Particular e, através dela, a serviço de toda Igreja”, pontuou.

A disposição para servir, a exemplo de Jesus, que veio para servir e não para ser servido, está na base do ministério sacerdotal. “O Senhor quer contar com o serviço qualificado de vocês”, declarou o prelado.

“Aliás, o Senhor espera de vocês, como presbíteros, que sejam, a exemplo dos apóstolos, homens de fé. Homens que fazem a experiência do encontro com Nosso Senhor, com a pessoa de Cristo; homens que fazem uma adesão consistente na sua vida Àquele que é o autor da vida. Homens que se colocam a serviço dos irmãos e irmãs tendo diante dos olhos o amor a Deus e a sua glória”, frisou o Arcebispo Metropolitano de Mariana.

Concluída a homília, deu-se continuidade ao rito de ordenação com o propósito do eleito, a prece litânica (ladainha de todos os santos), imposição das mãos e prece de ordenação, a unção das mãos e a entrega da patena e do cálice.

Rito de ordenação. Foto: Thalia Gonçalves

Mãos ungidas para santificar

Ao término do rito, os neossacerdotes foram acolhidos por Dom Airton com um abraço fraterno, seguido pelos demais padres e bispos presentes. Esse momento é marcado por gesto característico: beijar as mãos, ungidas pelo Óleo do Crisma, dos recém-ordenados.

“Essa nossa devoção aos neossacerdotes não é por eles, mas na pessoa deles, é Cristo que age. Com a unção das mãos, Nosso Senhor nos capacita para abençoar, para ajudar, para fortalecer, para indicar e também para ‘arregaçar as mangas’ e trabalhar em função do Reino de Deus”, explicou Dom Airton na homilia.

Esse momento de acolhida e fraternidade foi, para o Padre Carlos Geovane, um dos instantes que mais lhe emocionou: “para mim, é a confirmação de que todos nós caminhamos, ainda que com funções diferentes, numa mesma missão”, constatou.

Pe. Fabrício acolhendo o Pe. Carlos Geovane no clero com o característico beijo nas mãos. Foto: Thalia Gonçalves

Também neossacerdote, ordenado em 10 de agosto, o Padre Fabrício Lopes, partilhou o sentimento sobre participar da ordenação dos seus colegas de turma e realizar os gestos da imposição das mãos e a acolhida no clero. Para ele, essa também foi uma oportunidade de já renovar o seu sim.

“Foi emocionante e reconfortante. Reconfortante porque se trata de estar em união com os irmãos. A missão que abraçamos não a abraçamos sozinhos; tem todo uma comunidade de irmãos. É isso que tenho sentido nesses primeiros instantes como membro do presbitério de Mariana. O clero de Mariana é uma família, não no seu ideal apenas, mas na sua vivência simples, alegre e cordial”, descreveu.

Ordenações presbiterais: momentos de júbilo

Após ordenados, Padres Carlos Geovane e José Mário concelebraram pela primeira vez a Santa Missa. Foto: Hélio Mendes

As ordenações presbiterais dos Padres Carlos Geovane e José Mário marcaram o Mês Vocacional na Arquidiocese de Mariana. Para o Reitor do Seminário São José, Padre Sérgio José da Silva, esses são sempre momentos de alegria para a instituição, pois é sinal da graça divina que continua formando e suscitando no coração de tantos jovens o desejo desse serviço generoso.

“Pedimos a Deus que continue passando no meio de tantos para continuarmos anunciando o Reino de Deus com o Evangelho. Então, hoje o coração é cheio de gratidão e de alegria pela graça de Deus na nossa vida e na nossa história”, declarou.

Presente na celebração, Dom Danival narrou a alegria e a emoção em retornar à Basílica São José Operário, onde foi ordenado bispo em abril deste ano. Segundo ele, é uma dádiva ter participado das ordenações dos neossacerdotes, pois, além de ter os acolhidos no Seminário quando ingressaram na etapa de Filosofia, foi o diretor espiritual do Padre Carlos Geovane e pároco do Padre José Mário.

“A minha presença aqui, de fato, marca essa união, essa comunhão de vida que nos une ao longo do processo formativo. E voltar à ‘terrinha’, a nossa Arquidiocese, a essa cidade querida de Barbacena é sempre uma alegria”, afirmou o Bispo Auxiliar de Goiânia (GO). “Que Deus abençoe nossa Arquidiocese de Mariana. Que essas ordenações possam suscitar novas vocações para nossa Igreja”, desejou.

Padre Carlos Geovane com os seus pais. Foto: Hélio Mendes

Para o neossacerdote Carlos Geovane, a ordenação é uma ocasião de experimentar a graça de Deus. “É um momento de graça e da Graça do Senhor poder acolher um ministério sem nenhum merecimento da minha parte, mas, ao mesmo tempo, poder contemplar a misericórdia de um Deus que olha para minha pequenez, me chama, me escolhe, porque sabe que com a graça Dele é possível eu caminhar nessa terra dando testemunho de fidelidade”, disse.

Para a Mãe do Padre Carlos Geovane, a senhora Geisiane Isabel Magri, presenciar a ordenação do filho foi como assistir a um filme e recordar os primeiros sinais da vocação sacerdotal ainda na infância, na Basílica São José Operário, quando ele acompanhava nos trabalhos na igreja ou servia como coroinha. “É muito emocionante, sim, e a palavra que fica para mim hoje é gratidão”, contou.

Família como modelo de fé

Padre José Mário com a sua avó. Foto: Hélio Mendes

“É muita alegria, muita emoção. Só bênçãos”, assim definiu a senhora Vânia de Santana Barbosa sobre ser mãe de um sacerdote. Emocionada, a mãe do Padre José Mário lembrou que desde infância o filho manifestava esse desejo, brincando de procissões e estando presente na vida da Igreja. Para ela, a família desempenhou um papel fundamental para isso, especialmente, por meio dos exemplos do seu pai e da sua sogra, de 98 anos, e que esteve presente na cerimônia.

“O papel da família na criação e no cuidado com as vocações é exatamente o da transmissão dos valores familiares, a alegria do serviço, a participação na vida de fé, na vida eclesial. A minha avó, de fato, ela e meu avô tiveram uma presença muito forte da minha vocação nos inícios porque foi com eles que eu participava da Igreja, da Santa Missa, da Sociedade São Vicente de Paulo, participava das atividades de fé. Então, foi neles que eu encontrei primeiro esse apoio, esse incentivo vocacional também, ainda que não dissesse isso de maneira tão clara”, testemunhou Padre José Mário.

Texto: Thalia Gonçalves/Arquidiocese de Mariana

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