Entre os dias 3 e 7 de fevereiro, mais de 50 padres da Arquidiocese de Mariana estiveram em Retiro de Espiritualidade, na Borda do Campo, em Antônio Carlos (MG). O Retiro foi conduzido pelo Pe. Luiz Antônio Reis Costa e teve como tema: “O Presbítero: peregrino de Esperança”.

O Retiro Espiritual anual dos padres (cân. 276, §2, 4) é a graça especial que recebem para estar a sós consigo, com Deus, em vista de um pastoreio fecundo. É um importante momento de reflexão, recolhimento e revisão da vida espiritual onde o padre busca um novo ânimo para a missão. O grande convite é para ser, cada vez mais, configurado a Cristo, o Bom Pastor.

Anualmente são dois retiros promovidos pela Arquidiocese de Mariana, um em fevereiro, na Borda do Campo, e, outro, em julho, em Mariana. Os padres são motivados a participar e podem escolher a melhor data para eles.

Pe. Luiz Antônio Reis Costa foi o pregador do Retiro.

Nesse primeiro retiro, à luz do Ano Santo da Esperança, o tema procurou inserir os padres nessa essencial virtude: a Esperança. Segundo o pregador, Pe. Luiz Antônio Reis Costa, essa virtude fica um tanto esquecida ou marginalizada e, por isso, o Santo Padre resolveu resgata-la, pois sem essa virtude corre-se o risco de se sucumbir diante das ameaças e dispersões desse mundo.

Pe. Luiz Antônio buscou fazer um itinerário com os sacerdotes inserindo-os numa profunda e cativante reflexão. Primeiro, explanou sobre o que é a esperança, fundamentando-a historicamente e biblicamente. Depois, por meio de provocações bíblicas, como a de Mateus 19, 27-30, “o que haveremos de receber?”, meditou que o ministério não deve ser tomado a partir da lógica da troca ou da negociação. São os fariseus e doutores da lei que viviam esse tipo de lógica ou religiosidade do mérito. Em contrapartida a essa lógica, apresentou a lógica do Evangelho elaborada em três pontos: 1) gratuidade – “fazer sem esperar nada em troca”; 2) menoridade – “primeiro o outro, depois eu”; e 3) perdão. A lógica do Evangelho é a virada de chave que todos devem se propor a viver cotidianamente para se ter um ministério como o de Jesus.

“A esperança é característica essencial da vida cristã. É aspecto fundamental de toda a mensagem bíblica. A esperança revela a história como lugar da ação salvífica de Deus através de Cristo. Assim, o anúncio e o testemunho e a vivência da esperança fazem parte da missão da Igreja e os presbíteros são chamados a compartilhá-los com todos os que atendidos por seu ministério”, destaca o Pe. Luiz Antônio.

O Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, também participou e presidiu a Santa Missa.

Para o Padre José Mário Santana Barbosa, administrador paroquial da Paróquia São José, em Congonhas (MG), ordenado recentemente e participando pela primeira vez como sacerdote, foi uma experiência oportuna. “Como fui ordenado há poucos meses, esta foi minha primeira participação no retiro do Clero de nossa Arquidiocese. Além dos momentos de oração e das oportunas reflexões do pregador, […] esta semana foi uma grande oportunidade para conhecer melhor nosso presbitério e aprender com o testemunho de tantos padres que se doam dia a dia em sua vocação”, disse.

Padre Geraldo Gabriel Pinto, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete (MG), também relatou como foi a sua experiência no Retiro. “Anualmente participando do Retiro e temos a oportunidade de colocar-nos em sintonia com Deus, que nos escolhe e que não nos pede nada em troca, a não ser o nosso sim de coração. Temos a oportunidade de um reabastecimento de nossas forças com convicção de que devemos servir ao Senhor”, observa.

O Retiro encerrou-se nesta sexta-feira, dia 7, com a Santa Missa e, em seguida, um fraterno almoço entre os padres.

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Fotos: Pe. Alex Martins e Pe. Vicente de Paula