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Papa Francisco irá, em setembro, ao Cazaquistão para Congresso de Religiões Mundiais

03 de agosto de 2022 Igreja no Mundo

“Aceitando o convite das autoridades civis e eclesiais, o Papa Francisco fará a anunciada Viagem Apostólica ao Cazaquistão de 13 a 15 de setembro deste ano, visitando a cidade de Nursultan, por ocasião do VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais”, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé em 1º de agosto.

De fato, o Papa Francisco havia expresso sua intenção de viajar ao Cazaquistão por ocasião deste Congresso que será realizado nos dias 14 a 15 de setembro em Nursultan, capital do país, que terá como tema “O papel dos líderes das religiões mundiais e tradicionais no desenvolvimento sócio-espiritual da humanidade no período pós-pandêmico”.

Programa de viagem

Já nesta terça-feira, 02 de agosto, Sala de Imprensa da Santa Sé apresentou o programa oficial da próxima viagem do Papa Francisco.

No dia 13 de setembro, terça-feira, após a chegada à capital Nursultan às 17h45, Francisco será recebido em uma cerimônia de boas-vindas no Palácio Presidencial e em seguida fará uma visita de cortesia ao Presidente da República Kassym-Jomart Tokayev. No mesmo dia, às 19h30 o Papa terá um encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático na “Qazaq Concert Hall”, onde fará seu primeiro discurso.

No dia seguinte, quarta-feira, depois de um Momento de Oração em silêncio dos Líderes Religiosos, o Papa participará da abertura e sessão plenária do VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais no Palácio da Paz e da Reconciliação. Na ocasião o Papa fará seu segundo discurso. Na conclusão do evento, cerca de 12 horas o Papa terá alguns encontros privados com líderes religiosos no mesmo local. À tarde, às 16h30, será realizada uma Santa Missa na Praça da Expo na qual o Santo Padre fará a homilia.

O último dia da visita do Papa ao Cazaquistão, em 15 de setembro, iniciará com um encontro privado com os membros da Companhia de Jesus que será realizado na Nunciatura Apostólica local. Em seguida, o Santo Padre terá um encontro com os Bispos, os Sacerdotes, os Diáconos, os Consagrados e os Seminaristas, assim como Agentes da Pastoral na Catedral Mãe de Deus do Perpétuo Socorro, onde será proferido seu terceiro discurso da viagem.

Já na parte da tarde, seu último compromisso será a participação no Palácio da Paz e da Reconciliação da “Leitura da Declaração final e conclusão do Congresso”. Na ocasião fará o quarto discurso da viagem. Em seguida o Papa irá ao Aeroporto Internacional para a Cerimônia de Despedida e fará seu regresso a Roma às 16h45, com previsão de chegada às 20h15.

O convite feito em 2021

Em novembro de 2021, durante uma audiência com Francisco no Vaticano, o presidente do Senado do Cazaquistão, Ashimbayev, havia convidado o Papa para participar do evento internacional. Naquela ocasião, segundo relatou o próprio Ashimbayev sobre o encontro, o Pontífice havia ressaltado o papel fundamental do país na promoção do diálogo inter-religioso na Ásia e no mundo.

Na época, apenas considerando a possibilidade da sua presença, o bispo da Santíssima Trindade em Almaty e presidente da Conferência Episcopal do Cazaquistão, dom José Luis Mumbiela Sierra, era entusiasta, antecipando que estariam prontos para receber o Pontífice, “20 anos após a visita de João Paulo II ao Cazaquistão”. O prelado enalteceu “a grande aproximação entre os valores do diálogo promovidos tanto por Francisco como pelo Congresso. Sabemos também como o Santo Padre é atento às Igrejas da periferia, como a nossa”, disse dom José.

A inspiração em Assis

A primeira edição do congresso, que busca promover o diálogo entre as religiões, foi realizada em Astana, em 2003, tomando como modelo o “Dia de Oração pela Paz” no mundo, convocado em Assis por João Paulo II, em janeiro de 2002. A iniciativa tinha como objetivo reafirmar a contribuição positiva das diferentes tradições religiosas para o diálogo e a harmonia entre os povos e as nações após as tensões que se seguiram aos ataques do 11 de setembro de 2001.

Texto: Raimundo de Lima/Andressa Collet – Vatican News e Jane Nogara – Vatican News

Foto: Vatican Media