O Papa Francisco presidiu a Missa na Casa Santa Marta, na manhã desta segunda-feira, 11, da V Semana da Páscoa. Na introdução, recordou o 75º aniversário da descoberta do corpo de São Timóteo, encontrado na cripta da Catedral de Termoli – região italiana de Molise – durante os trabalhos de restauração, em 1945, e dirigiu seu pensamento aos desempregados: “Unamo-nos aos fiéis de Termoli na festa da descoberta do corpo de São Timóteo hoje. Nestes dias, muitas pessoas perderam o emprego, não foram readmitidas, trabalhavam sem contrato. Rezemos por estes nossos irmãos e irmãs que sofrem com a falta de trabalho”.
Na homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia (Jo 14,21-26) em que Jesus diz a seus discípulos: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. Mas o defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
“É a promessa do Espírito Santo, o Espírito Santo que habita conosco e que o Pai e o Filho enviam” para “acompanhar-nos na vida”, disse o Santo Padre. O Pontífice afirmou que o Espírito Santo é chamado Paráclito, isto é, Aquele que “sustenta, que acompanha para não cair, que nos mantém firmes, que é próximo de nós para nos sustentar. E o Senhor nos prometeu esse sustento, que é Deus como Ele: é o Espírito Santo”. O Papa questionou: “O que o Espírito Santo faz em nós?”, e recordou o que o Senhor diz: “Ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
Ensinar e recordar, este é o ofício do Espírito Santo, frisou Francisco. “Ele nos ensina o mistério da fé, ensina-nos a entrarmos no mistério, a entender um pouco mais o mistério, ensina-nos a doutrina de Jesus e como desenvolver a nossa fé sem errar, porque a doutrina cresce, mas sempre na mesma direção: cresce na compreensão. E o Espírito nos ajuda a crescer na compreensão da fé, compreendê-la mais e caminhar mais para compreender isso que a fé diz”.
A fé não é uma coisa estática, a doutrina não é uma coisa estática, explica o Papa, ambas crescem sempre, mas crescem na mesma direção. “O Espírito Santo evita que a doutrina erre, evita que permaneça parada ali, sem crescer em nós. Ensinar-nos-á as coisas que Jesus nos ensinou, desenvolverá em nós a compreensão daquilo que Jesus nos ensinou, fará crescer em nós, até alcançar a maturidade, a doutrina do Senhor”. E outra coisa que o Espírito Santo faz, de acordo com o Santo Padre, é recordar: “Recordará tudo o que eu vos tenho dito”. “O Espírito Santo é como a memória, desperta-nos”, mantém-nos sempre despertos “nas coisas do Senhor” e nos faz também recordar a nossa vida, quando encontramos o Senhor ou quando O deixamos.
O Papa lembrou uma pessoa que rezava diante do Senhor assim: “Senhor, eu sou o mesmo que, quando criança, quando garoto, tinha esses sonhos. Depois, trilhei por caminhos errados. Agora me chamastes”. Essa “é a memória do Espírito Santo na própria vida. Leva-o à memória da salvação, à memória daquilo que Jesus ensinou, mas também à memória da própria vida”, complementou. Este é um modo bonito de rezar ao Senhor: “Sou o mesmo. Caminhei muito, errei bastante, mas sou o mesmo e vós me amais”, disse o Papa. “É a memória do caminho da vida”.
“E nessa memória, o Espírito Santo nos guia; guia-nos para discernir, para discernir o que devo fazer agora, qual é o caminho certo e qual é o errado, mesmo nas pequenas decisões. Se nós pedirmos a luz ao Espírito Santo, Ele nos ajudará a discernir para tomar as decisões acertadas, as pequenas de todos os dias e as maiores. Segundo Francisco, o Espírito Santo acompanha e sustenta homens e mulheres no discernimento, ensina todas as coisas, isto é, faz a fé crescer, introduz a humanidade no mistério”.
O Pontífice explica que é o Espírito que recorda: a fé e a própria vida. “O Espírito que, neste ensinamento, nesta recordação, ensina-nos a discernir as decisões que devemos tomar”. E os Evangelhos dão um nome ao Espírito Santo, além de Paráclito: é o Dom de Deus. “O Espírito é o Dom de Deus. O Espírito é propriamente o Dom: ‘Não vos deixareis sozinhos, vos enviarei um Paráclito que vos sustentará’ e nos ajudará a seguir adiante, a recordar, a discernir e a crescer. O Dom de Deus é o Espírito Santo’”. “Que o Senhor nos ajude a custodiar esse Dom que Ele nos deu no Batismo e que todos temos dentro de nós.”
A passagem do Evangelho de hoje é a despedida de Jesus na Ceia (conf. Jo 14,21-26). O Senhor conclui com estes versículos: “Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. Mas o defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito” (vers. 25-26). É a promessa do Espírito Santo; o Espírito Santo que habita conosco e que o Pai e o Filho enviam. “O Pai enviará no meu nome”, disse Jesus, para acompanhar-nos na vida. E o chamam Paráclito. Esse é o ofício do Espírito Santo. Em grego, o Paráclito é aquele que sustenta, que acompanha para não cair, que nos mantém firmes, que é próximo de nós para nos sustentar. E o Senhor nos prometeu esse sustento, que é Deus como Ele: é o Espírito Santo. O que o Espírito Santo faz em nós? O Senhor o diz: “Ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito” (vers. 26).
Ensinar e recordar. Este é o ofício do Espírito Santo. Ensina-nos: nos ensina o mistério da fé, nos ensina a entrar no mistério, a entender um pouco mais o mistério, nos ensina a doutrina de Jesus e nos ensina como desenvolver a nossa fé sem errar, porque a doutrina cresce, mas sempre na mesma direção: cresce na compreensão. E o Espírito nos ajuda a crescer na compreensão da fé, compreendê-la mais e caminhar para compreender isso que a fé diz. A fé não é uma coisa estática; a doutrina não é uma coisa estática: cresce. Cresce como as árvores crescem, sempre as mesmas, mas maiores, com fruto, mas sempre o mesmo, na mesma direção. E o Espírito Santo evita que a doutrina erre, evita que permaneça parada ali, sem crescer em nós. Ensinar-nos-á as coisas que Jesus nos ensinou, desenvolverá em nós a compreensão daquilo que Jesus nos ensinou, fará crescer em nós, até alcançar a maturidade, a doutrina do Senhor.
E outra coisa que Jesus diz que o Espírito Santo faz é recordar: “Recordará tudo o que eu vos tenho dito” (vers. 26). O Espírito Santo é como a memória, nos desperta: “Mas você se recorda disso, se recorda daquilo”; nos mantém despertos, sempre despertos nas coisas do Senhor e nos faz também recordar a nossa vida: “Pense naquele momento, pense quando encontrou o Senhor, pense quando deixou o Senhor”.
Uma vez, ouvi dizer que uma pessoa rezava diante do Senhor assim: “Senhor, eu sou o mesmo que, quando criança, quando garoto, tinha esses sonhos. Depois, trilhei por caminhos errados. Agora me chamastes”. Eu sou o mesmo: essa é a memória do Espírito Santo na própria vida. Leva-o à memória da salvação, à memória daquilo que Jesus ensinou, mas também à memória da própria vida. E isso me faz pensar – isso que aquele senhor dizia – num modo bonito de rezar, olhar para o Senhor: “Sou o mesmo. Caminhei muito, errei bastante, mas sou o mesmo e vós me amais”. A memória do caminho da vida”.
E nessa memória, o Espírito Santo nos guia; guia-nos para discernirmos, para discernirmos o que devo fazer agora, qual é o caminho certo e qual é o errado, mesmo nas pequenas decisões. Se nós pedirmos a luz ao Espírito Santo, Ele nos ajudará a discernir para tomar as verdadeiras decisões, as pequenas de todos os dias e as maiores. É aquele que nos acompanha, sustenta-nos no discernimento. Isto é, o Espírito que ensina, nos ensinará todas as coisas, ou seja, faz a fé crescer, introduz-nos no mistério, o Espírito que nos recorda. Recorda-nos a fé, recorda-nos a própria vida, e é o Espírito que, neste ensinamento, nesta recordação, ensina-nos a discernir as decisões que devemos tomar. E a isso os Evangelho dão um nome ao Espírito Santo: sim, Paráclito, porque nos sustenta, mas outro nome mais bonito: é o Dom de Deus. O Espírito é o Dom de Deus. O Espírito é propriamente o Dom. Não vos deixareis sozinhos, enviar-vos-ei um Paráclito que vos sustentará e vos ajudará a seguir adiante, a recordar, a discernir e a crescer. O Dom de Deus é o Espírito Santo.
Que o Senhor nos ajude a custodiar esse Dom que Ele nos deu no Batismo e que todos temos dentro de nós.
O Papa convidou a fazer a comunhão espiritual com a seguinte oração: “Meu Jesus, eu creio que estais realmente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós!”.
Francisco terminou a celebração com adoração e a bênção eucarística. Antes de deixar a Capela dedicada ao Espírito Santo, foi entoada a antífona mariana “Regina caeli”, cantada no tempo pascal: “Rainha dos céus, alegrai-vos. Aleluia!Porque Aquele que merecestes trazer em vosso seio. Aleluia!Ressuscitou como disse. Aleluia! Rogai por nós a Deus. Aleluia! D./ Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria. Aleluia! C./ Porque o Senhor ressuscitou, verdadeiramente. Aleluia!”.
Fonte: Canção Nova Notícias
Foto: Vatican Media