Com a intenção de ensinar a administrar emoções e sentimentos causados pela violência, conflitos e desafios da vida cotidiana, o primeiro encontro do Curso de Perdão e Reconciliação: fundamentos da justiça restaurativa, realizado pela Escola de Perdão e Reconciliação (ESPERE), reuniu 28 participantes nesse sábado (10), na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Mariana.
Para uma das ministrantes do curso, Dalka Lemos Capanema, as aulas ajudam a entender o perdão como cura interior para poder perdoar e se reconciliar consigo mesmo e com o outro. “A metodologia ESPERE parte do princípio de que para você trabalhar de uma forma construtiva com os conflitos dos outros, você tem que estar harmonizado com os seus próprios conflitos. Para você ser um agente restaurador você precisa primeiro ser uma pessoa restaurada”, explica.
Magda de Fátima e Oliveira, representante da arquidiocese na coordenação colegiada da Pastoral Carcerária do Regional Leste 2, está participando do curso com o desejo de que consiga promover a cultura da paz. “Eu acredito que eu vou me sentir mais responsável, vou procurar, em vez de só visitar o detento ou só auxiliar a família naquilo que é necessário, eu vou trabalhar aquilo que é interno também: o perdão e a misericórdia. Não só lá no cárcere, mas também com a família e os companheiros de pastoral.”
Segundo o assessor da Pastoral Carcerária, padre Geraldo Barbosa, o público-alvo engloba todos os agentes de pastorais e movimentos que trabalham com as pessoas que sofrem qualquer tipo de agressão. Mauricio Geronimo da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Congonhas, é um dos participantes que ainda não tem relação com nenhuma pastoral. Ele começou o curso por incentivo de seu pároco e afirma ter a intenção de futuramente ser agente da Pastoral Carcerária como forma de ajudar o próximo e retribuir o que recebe de Deus.
O próximo encontro será realizado na cidade de Conselheiro Lafaiete, no dia 24 de junho, na Paróquia São Sebastião.