Regência sediou o encerramento da 6ª Romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce, com a participação de cerca de quatro mil pessoas dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. O evento se tornou um marco histórico ao reunir uma multidão em prol da proteção ambiental e do bem-estar coletivo.
O bispo diocesano de Colatina, dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa, enfatizou a importância de cuidar da natureza e do próximo, ressaltando a necessidade de restrições às empresas e de uma economia voltada para o bem comum. Regência foi escolhida como local do encerramento devido ao despejo dos rejeitos de mineração após o desastre da Barragem de Fundão, que causou danos significativos à bacia do Rio Doce e tirou vidas. A romaria reuniu religiosos, leigos, povos indígenas e pessoas de diferentes religiões, todos unidos em cânticos, orações e com a esperança de viver de maneira mais amorosa, fraterna e respeitosa.
Um momento emocionante foi a fincada da cruz, em que os romeiros carregaram uma grande cruz de madeira até a praia próxima à foz do rio, erguendo-a na areia enquanto a multidão cantava e dançava. O padre Marinaldo Serafim, membro da coordenação geral da romaria, considerou o evento um sucesso, destacando a participação significativa de pessoas, incluindo paroquianos e padres.
O encerramento em Regência foi o ápice de um processo que incluiu seminários e a Semana Missionária, abordando a temática do cuidado com o planeta, de acordo com a encíclica Laudato si’ do Papa Francisco. A presença maciça dos participantes contribuiu para o êxito da romaria, e o padre Romildo da Silva Almeida, pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo, foi reconhecido por seu empenho na organização, apoio e acolhimento dos romeiros. Após o almoço, os participantes desfrutaram de apresentações de concertina e do congo local como parte de uma tarde cultural. A próxima edição da Romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce está planejada para ocorrer em 2024 na cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais.
Foto: Diocese de Colatina