Pelo segundo ano consecutivo, tendo em vista a presente situação de agravamento da pandemia da Covid-19, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Viçosa, celebrou a Semana Santa sem a presença do povo. Todas as celebrações foram transmitidas pelo canal do YouTube da Paróquia, com a competência e zelo pastoral dos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom).
Cônego Lauro Sérgio Versiani Barbosa, na celebração do Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, lembrou que “nós todos precisamos nos debruçar sobre o relato da Paixão do Senhor. Muitas situações que vivemos hoje de conflito, falta de fraternidade e falta de diálogo, poderiam ser resolvidas a partir de uma honesta meditação do relato da Paixão do Senhor. A meditação da Paixão de Jesus Cristo é fonte de discernimento pessoal, comunitário e eclesial […] De fato, uma meditação honesta da Paixão nos livra das vaidades, das ambições e nos faz enxergar com maior profundidade a verdade, a realidade, o amor de Deus, e a situação de cada um de nós”.
Na segunda-feira Santa, após a celebração da Missa, numa promoção das expressões juvenis da Comunidade Imaculada Conceição de Nova Viçosa, os paroquianos rezaram a Via Sacra, também com transmissão pelas redes sociais.
Na quinta-feira, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor, teve início o Tríduo Pascal e o Cônego Lauro lembrou que, apoiados nos textos da Sagrada Escritura, os quais são concordes em afirmar que Jesus ofertou sua vida em sacrifício pela humanidade, nos colocamos diante da “rocha firme da Tradição cristã: a instituição da Eucaristia durante a última ceia de Jesus com seus discípulos, como memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo”. Nesta celebração fizemos memória dos gestos de Jesus, que entregou aos Apóstolos, e também a nós, os dons da Eucaristia, do Sacerdócio e do Amor.
Na sexta-feira, a Ação Litúrgica, às 15 horas, com a narração da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, toda a Paróquia se reuniu, de maneira virtual, para uma amorosa contemplação do sacrifício de Jesus, que se entregou livremente para morrer pela salvação da humanidade ferida pelo pecado.
No Sábado Santo, na celebração da Vigília Pascal nós cantamos o Aleluia, pois o Cristo ressuscitou verdadeiramente! Apesar do número reduzido das leituras, e de não serem batizados os catecúmenos, conforme as orientações da Arquidiocese de Mariana, a Solenidade marcante desta celebração, mãe de todas as demais celebrações na Igreja, manteve-se impecável. Cônego Lauro lembrou que nesta noite “celebramos a intervenção definitiva de Deus na historia da humanidade. […] e, apesar do contexto atual de pandemia, não podemos deixar de celebrar a Páscoa do Senhor, sabendo que as intervenções de Deus não são segundo os critérios humanos: elas são surpreendentes, são transformadoras de situações de desgraça, de sofrimento, de morte, em situações de vitória, de amor, de reconciliação”.
E no Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor, a celebração da Eucaristia fez ecoar nos corações a alegria da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ao final da celebração o canto do Te Deum e a benção do Santíssimo Sacramento. Como bem lembrou o Cônego Lauro durante a homilia, “devemos pedir em nossa oração para encontrarmos com o Ressuscitado em todas as situações da nossa vida, inclusive no meio das dificuldades da vida para que tudo seja iluminado pela Luz de Cristo, inclusive a enfermidade e, até mesmo a morte”.
Deste modo, no decorrer desta Semana, tivemos a oportunidade de fazermos, mais uma vez, a experiência do amor de Jesus na Cruz, que se aproxima das nossas fragilidades e nos dá a certeza de que não estamos sozinhos.
Na homilia da segunda-feira, refletindo sobre o Evangelho de João 12, 1-11, o Cônego Lauro levou-nos a perceber, de forma concreta na vida paroquial, o perfume que Maria utilizou para ungir os pés de Jesus: “É perfume as reformas na Igreja Matriz que tanto nos ajudam a rezar; é perfume o cuidado com a liturgia, o esforço para celebrar bem; é perfume o canto com as letras e melodias apropriadas; é perfume o cuidado de cada leitor na proclamação das leituras; é perfume o zelo dos voluntários com a ornamentação da escadaria da Igreja Matriz durante a Semana Santa; é perfume também a disposição dos paroquianos em enfeitar as janelas e portões de suas residências; é perfume todo gesto de caridade e de amor para com os pobres e enfermos; é perfume todo gesto de fraternidade, de diálogo como compromisso de amor; é perfume a derrubada dos muros que separam, com intenção de superar o ódio; é perfume o perdão que é oferecido, porque nós o experimentamos primeiro e deixamos que este perdão circule até aos outros”.
Assim, dia após dia, fomos vivendo na Paróquia uma santa Semana Santa! E nas orações pedimos a Deus que também este tempo de pandemia seja um tempo favorável para nos aproximarmos mais do Senhor e conhecermos sua vontade, e de nos aproximarmos mais de nossos irmãos e irmãs, principalmente os mais pobres, para que sejamos todos fortalecidos e inspirados pela esperança e pela luz do Cristo ressuscitado.
Texto e imagens: Pascom da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima