sexta-feira

, 27 de setembro de 2024

Seminário São José realiza retiro espiritual do segundo semestre

12 de setembro de 2024 Arquidiocese

Entres os dias 5 e 8 de setembro, os seminaristas do Seminário São José vivenciaram o segundo retiro espiritual de 2024. O retiro, que ocorre semestralmente nas casas de formação, é uma rica oportunidade para que cada jovem vocacionado revisite sua história e faça um profundo encontro pessoal com Jesus Cristo.

Etapa do Propedêutico

Os seminaristas do Propedêutico estiveram reunidos na casa da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, em Barbacena (MG). O orientador foi o formador do Seminário, Monsenhor Celso Murilo.

Para os seminaristas, essa foi uma experiência rica de afastamento das atividades rotineiras e dedicar-se mais à oração, reflexão e crescimento espiritual. A temática foi voltada para a vocação e o discernimento, trabalhando aspectos importantes como: a missão do sacerdote; a radicalidade evangélica, a partir da obediência; pobreza e castidade; o discípulo missionário, que deve ser despojado para a atividade missionária; a misericórdia, dentre outros.

Etapa do Propedêutico também marcou presença no Jubileu de Congonhas.

Na ocasião, os seminaristas tiveram oportunidade de encerrar o retiro aos pés do Bom Jesus, realizando uma peregrinação e celebrando a Eucaristia na Basílica do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas (MG).

“Guiados pelo Monsenhor Celso, alcançamos nosso objetivo com êxito, perceptível nas partilhas pós-retiro entre os seminaristas. Particularmente, pude fazer uma autoavaliação da minha vida espiritual, vocacional e humana. É claro que, em poucos dias, não conseguimos trabalhar tudo que deveríamos, mas conseguimos abrir as portas para que esse trabalho continue ao longo da nossa caminhada”, descreveu o seminarista Igor Gabriel.

Etapa do Discipulado

O retiro da Etapa do Discipulado, formação em Filosofia, foi pregado pelo neossacerdote, Padre José Mário Santana Barbosa no Seminário São José, em Mariana (MG). Com o tema “O Coração do Bom Pastor”, foi proposto aos seminaristas refletirem as virtudes que um pastor deve cultivar a exemplo do próprio Jesus.

Em suas colocações, Padre José Mário convidou os seminaristas a revisitarem a sua história de vida, com especial atenção para perceber a ação da misericórdia que jorra do lado de Cristo tanto nos grandes momentos, como nos momentos cotidianos.

As pregações foram muito bem preparadas com a exortação para os seminaristas buscarem viver as virtudes do Coração de Jesus. Ainda, as colocações contaram com o enriquecimento de textos e reflexões de alguns grandes nomes da Igreja, como Santa Teresa de Calcutá, São João Bosco e São Carlos de Foucault, além de escritos do Papa Francisco. Exemplos de santidade atuais e que viveram a realidade da Arquidiocese de Mariana também foram citados como o Servo de Deus Dom Luciano Mendes de Almeida e a Beata Isabel Cristina.

Além das reflexões pessoais, durante o retiro, houve vários momentos orantes, onde toda a comunidade rezava em unidade, cada um com sua realidade, mas sem deixar de estar juntos.

Segundo o seminarista André Marques, do 1º ano de Filosofia, um dos pontos trabalhados foi a diferença entre isolamento e solidão. “O isolamento é perigoso quando a pessoa está vivendo dentro de uma comunidade, mas se fecha completamente aos outros membros, não partilhando a vivência diária com os demais. Enquanto a solidão é viver bem em comunidade, partilhar os momentos diários, mas reservar um tempo para si mesmo, para estar em contato pessoal com Deus”, explicou.

Etapa da Configuração

Na Etapa da Configuração (Teologia), o Retiro Espiritual foi orientado pelo Vigário Geral da Diocese de Sete Lagoas (MG), Monsenhor Wilson Rodrigues da Silva. Ele é ex-aluno do Seminário da Arquidiocese de Mariana, onde se formou em Filosofia e Teologia.

Monsenhor Wilson iniciou o retiro recordando que a “vida tem mais valor não por aquilo que oferecemos, mas por aquilo que recebemos”. Partindo dessa consideração, o sacerdote conduziu o retiro motivando os seminaristas a rememorarem as grandes fontes que sustentam o discernimento e a caminhada vocacional, sobretudo, partindo da fonte do cotidiano, da esperança, da misericórdia, do batismo, da Palavra e da alegria.

Para o seminarista André Lopes, do 2º ano de Teologia, o momento foi uma oportunidade de renovar o chamado de Deus em sua vida.“Tempo de uma profunda experiência com Deus por meio do silêncio e da escuta atenta de sua Palavra que ressoa em nosso coração, que nos revigora para continuar a caminhada que Ele nos chamou a trilhar”, definiu.

O seminarista André Lopes ainda destacou o testemunho de vida e missão do pregador, Monsenhor Wilson. “Com o seu modo simples e profundo de conduzir o retiro, muito me ajudou a rezar. Me fez perceber com mais autenticidade que vale a pena nos doar por causa do Reino, em favor dos nossos irmãos, em especial dos mais pequeninos. Para isso, nos convidou a voltar o nosso olhar para as fontes que movem o nosso chamado, a nossa vida. Sobre a fonte da ‘esperança’, ele afirma que ‘a nossa esperança nunca deve brotar das possibilidades humanas, mas somente das divinas. A esperança no Senhor nunca nos decepciona’. Que o Senhor nos ajude a deleitar-se bem dos frutos deste tempo de graça”, disse.

Texto e fotos: Comunicação do Seminário São José