domingo

, 30 de junho de 2024

Seminarista de Mariana tem trabalho exposto no Santuário Nacional de Aparecida

28 de junho de 2024 Arquidiocese

O seminarista Jonas Reis, da Arquidiocese de Mariana, está participando de uma exposição no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP). Chamada “Marifonias: manifestações e exposições místicas com a Mãe de Deus”, a mostra é composta por 16 ilustrações e retrata as aparições da Virgem Santíssima em diversas localidades do mundo.

A inauguração aconteceu em maio deste ano durante o 17º Congresso Mariológico ocorrido em Aparecida, quando as artes ficaram disponíveis para visitação no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida.

Natural da cidade de Santa Bárbara do Tugúrio, o seminarista do 3º ano de Teologia do Seminário São José conversou com o Departamento Arquidiocesano de Comunicação (Dacom) sobre a exposição.

Confira:

Dacom: Como surgiu o convite para expor essas obras?

Jonas: O projeto Mariofanias surgiu no ano de 2021, em conjunto com Academia Marial. O associado da Academia, Vinícius de Oliveira, me encontrou pelas redes sociais e me convidou para ilustrar os seus artigos sobre as mariofanias, publicados em 2022 no site da Academia Marial e no Instagram da instituição.

Aceitei a proposta porque está em íntima comunhão com o meu projeto de vida: a evangelização da Palavra. Compreendo a arte como uma verdadeira expressão do Verbo Encarnado: ordem, harmonia, unidade, beleza e luz.

O que os desenhos retratam? Como foi o processo de criação?

As 16 imagens representam as aparições de Nossa Senhora pelo mundo, reconhecidas pela Igreja Católica, com suas mensagens de consolo, paz e esperança.

O processo de criação das obras partiu do estudo detalhado de cada aparição, da iconografia já existente e dos artigos escritos pelo Vinícius de Oliveira. Em cada imagem, busquei retratar um elemento chave que marcou a aparição, como convite para o apreciador conhecer a história de suas mensagens e despertar a devoção.

Como a arte ajuda na sua vivência de fé, especialmente, por visar o sacerdócio?

A fé é um dom que, tal como o talento humano, deve ser desenvolvida por quem a recebe. Logo, a fé, em si, é arte.

A arte sacra nos conecta com o divino. Deus fala por meio da arte. Nesse sentido, é preciso que o artista esteja em comunhão com Deus para que surja uma obra através de um ato de fé, que inspire o criador e o devoto.

A arte desperta, incita, e conduz-nos ao conhecimento do amor de Deus pela humanidade. Em união com esse caminho de conhecimento e amor a Deus, buscarei na vivência sacerdotal, que almejo, transmitir o crescimento na espiritualidade por meio da conexão com Deus pela arte.

A fé deve ser para o padre como para o artista um terreno familiar, onde se busca o esforço de traduzir a palavra de Deus, o magistério da Igreja em obras concretas.

São João Paulo II nos diz que “para transmitir a mensagem que Cristo lhe confia, a Igreja tem necessidade de arte, tornando perceptível e até mais fascinante possível o mundo do espírito, do invisível, de Deus”. Com efeito, o desenvolvimento desse projeto enriqueceu-me espiritualmente, cresceu a minha devoção à Virgem Maria e consequentemente uma maior intimidade com Deus.

Durante a execução do projeto, dediquei ao estudo, à oração e à meditação sobre cada aparição que seria representada e, dessa forma, me fez enxergar o grande mistério de Deus, a sua providência, por meio da Virgem Maria nos acontecimentos da história da humanidade.

Como visitar?

A exposição “Marifonias: manifestações e exposições místicas com a Mãe de Deus” está disponível para visitação até setembro no espaço da Academia Marial no subsolo do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e no Hotel Rainha do Brasil.

Texto: Thalia Gonçalves

Fotos: Vinícius Oliveira