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Sínodo 2021-2024: encerrados os encontros do México e América Central e das Igrejas do Oriente Médio

23 de fevereiro de 2023

Dois eventos da fase continental do Sínodo sobre a Sinodalidade foram concluídos na última sexta-feira, 17 de fevereiro. Em San Salvador, capital de El Salvador, foi realizado primeiro dos quatro encontros da América Latina e do Caribe. E em Bethânia – Harissa, no Líbano, ocorreu a Assembleia Sinodal Continental das Igrejas Católicas no Oriente Médio. 

México e América Central 

O Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam) organizou quatro encontros para a fase continental do Sínodo na região de sua abrangência. O primeiro compreendeu o México e os países da América Central. A sede foi a terra de São Oscar Romero, El Salvador.  

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Foto: Celam/reprodução Facebook

O encontro seguiu o método da conversa espiritual, que segundo irmã Maria Dolores Palencia, facilitadora do encontro, “quer nos conduzir a um profundo discernimento e nos ajuda a escutarmo-nos uns aos outros sem debater, sem responder, sem nos querer convencer, e a permitir que esta escuta entre no nosso coração e nos faça mover algo no nosso coração através das palavras de todos”. 

O arcebispo de Trujillo, no Peru, e presidente do Celam, dom Miguel Cabrejos, ressaltou a presença do Espírito Santo, decisiva nas atividades, “pois sem ele estes encontros eclesiais não seriam possíveis, ele ilumina-nos, inspira-nos, fortalece-nos”. 

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A partir das partilhas de experiências pastorais na região, surgiram indicações para continuar a procurar os meios para ouvir mais os jovens, para lembrar que as mulheres têm uma contribuição a dar, o cuidado das famílias, a centralidade de Jesus Cristo nesse caminho, a importância de uma oração enraizada na realidade e que tenha em conta os sinais dos tempos, a atenção e a escuta das periferias, daqueles que estão longe, abrindo-lhes espaço para os acolher.  

Também foi apontada a necessidade de uma Teologia da Ministerialidade Batismal e da incorporação na Igreja de mecanismos e estruturas que permitam continuar a viver e a avançar a sinodalidade, com maior participação dos leigos e das mulheres nos espaços de decisão.  

Mais detalhes na cobertura de Vatican News.  

 

Oriente Médio 

O evento no Líbano reuniu as sete Igrejas da região, representadas pelos patriarcas e delegações provenientes do Egito, Síria, Jordânia, Terra Santa, Iraque, Líbano e Estados do Golfo. Também estiveram presentes o secretário geral do Sínodo, cardeal Mario Grech; o relator geral da próxima Assembleia Geral do Sínodo, cardeal Jean-Claude Hollerich; e a subsecretária da Secretaria Geral do Sínodo, irmã Nathalie Becquart. 

No documento, os participantes destacaram elementos positivos que unem as Igrejas e estabelecem a sua presença como Igreja de esperança nos países do Oriente Médio, “apesar de ser uma presença no coração das adversidades, como uma Igreja que desafia uma realidade que se impõe”. 

A Missa de encerramento da Assembleia Sinodal do Oriente Médio
Foto: reprodução/Vatican Media

Também foram reforçadas as intuições que surgiram das escutas: Unidade na diversidade, a importância do papel e da missão da mulher na Igreja e sua participação no processo de tomada de decisão e no serviço, apelo a um ecumenismo criativo e renovado e o estímulo ao diálogo ecumênico. Ganharam destaque também o pedido para “a missão, o testemunho e as estruturas renovadas para uma Igreja mais sinodal”, assim como “uma pastoral especializada para as famílias, mulheres e jovens”. 

A declaração final também destacou “a importância dos meios de comunicação e da cultura digital como uma ferramenta de comunicação eficaz nas mãos da Igreja para transmitir sua mensagem de maneira mais completa”. 

Mais detalhes em Vatican News. 

Oração e solidariedade

Os dois encontros foram momentos de oração por realidades próprias enfrentadas pela Igreja em cada região. Na América Latina, preces pela situação de cristãos presos e deportados na Nicarágua. Já no Oriente Médio, os participantes se concentraram nas consequências do terremoto, “evento doloroso e comovente” e elevaram “orações diárias pelas vítimas, feridos e deslocados nas áreas afetadas”.   

Texto: CNBB

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