Mensagem para a Quaresma – 2021
Ao Clero, às Paróquias com suas Comunidades, às famílias Religiosas, à todas as forças vivas do nosso laicato e a cada um em particular! Saudação, paz e benção, no Senhor!
Estimadas irmãs! Estimados irmãos!
Iniciamos, hoje, o tempo da quaresma. Tempo de penitência, de busca constante do Senhor e de conversão e, tempo de profundo amor ao próximo, expressos nas três atitudes a serem desenvolvidas por cada um de nós, neste período, a oração, o jejum e a esmola.
Neste ano de 2021 devemos seguir as orientações relativas ao tempo da pandemia, pois estamos ainda vivendo o contexto da pandemia da Covid-19 que continua agredindo a muitos em nossa Arquidiocese e em todo o mundo. Devido a esta circunstância, vivemos momentos de incertezas e de perplexidade diante do que acontece no enfrentamento desta doença. É neste contexto da pandemia que vamos nos preparar para celebrar o mistério pascal.
Lembremos que o Tempo da Quaresma, tendo início hoje, quarta-feira de cinzas e finalizando antes da Missa da Ceia do Senhor na quinta-feira Santa, nos preparará, pela liturgia e sua catequese, pela meditação assídua da Palavra de Deus, pela penitência e pela oração, a nos transformarmos em mulheres e homens novos para a glória de Deus Pai.
Neste ano de 2021, durante a quaresma, seguindo a orientação dos Bispos de nosso país, somos convidados a refletir sobre o tema da Campanha da Fraternidade: “Fraternidade e diálogo: um compromisso de amor”. Para iluminar este tema temos a passagem bíblica tirada da Carta aos Efésios 2,14: “De fato, Ele é a nossa paz: de dois povos fez um só, em sua carne derrubando o muro da inimizade que os separava”. A finalidade da Campanha da Fraternidade é nos ajudar a vivenciar e assumir as dimensões comunitária e social da Quaresma. Por isso, ela deve iluminar, de modo particular, nossa vida de oração, o jejum que realizamos e a esmola ofertamos.
Como expressão destes três gestos, como Igreja, realizamos uma coleta no final dos exercícios quaresmais, no Domingo de Ramos. É nossa atitude, como membros da mesma Igreja de Cristo, como fruto de nossa penitência quaresmal e destinada à missão da Igreja.
Além disso, a Igreja nos pede que, na Sexta-feira Santa, colaboremos com uma doação que vem do coração, para sustentar a realização das obras nos lugares Santos, na terra onde viveu Nosso Senhor Jesus Cristo. Em nossa Arquidiocese, orientamos que esta coleta seja aquela da Sexta-feira Santa, onde houver, ou do Domingo da Páscoa.
A exemplo da viúva do Evangelho, todas as doações que fazemos, na Igreja, devem brotar de nosso coração generoso. É uma atitude religiosa e não um pagamento ou contribuição.
Que este tempo da quaresma seja favorável a todos nós! Que aprendamos, sempre mais, a viver como irmãos, responsáveis uns pelos outros. Que neste tempo, tenhamos a disposição de ajudar as pessoas mais carentes e necessitadas. Que nosso testemunho seja fraterno e dialogal para acolher a todos e caminhar unidos buscando a Verdade que é Jesus Cristo, Caminho e Vida.
A todos os Diocesanos, uma saudação de paz em Cristo, com uma especial benção, particularmente às crianças, aos enfermos e idosos.
A todos, meus votos de frutuosa participação e vivência quaresmal!
De Mariana, aos dezessete dias do mês de fevereiro, do Ano do Senhor,
de dois mil e vinte e um, quarta-feira de cinzas.
Dom Airton José dos Santos
Arcebispo Metropolitano de Mariana