Segundo o programa da festa de São João, em 2009, no texto sobre a história da Paróquia diz assim: “Tudo começou numa pequena aldeia onde viviam poucos moradores no local chamado Alto dos Pinheiros”.
Entre os moradores, havia um português que trouxe de sua terra, suas tradições e celebrava a “Festa de São João Batista”. Seu nome era Gilberto Costa, que com sua religiosidade ergueu, no local, uma cruz, onde reunia com poucas famílias, tudo isso por volta de 1890. Para maior comodidade das famílias, ao lado do cruzeiro, ergueu-se uma capela de Sapé e chão batido”.
Em 1901, José Silvestre de Freitas e José Emídio Ferreira, junto com os moradores do local, construíram a Capela de Alvenaria, dedicada a São João Batista.
Curiosamente no jornal Correio da Semana n°8 de 27/4/1913 tem a seguinte notícia: “Na capela da Santa Cruz, ereta na rua dos pinheiros, desta cidade, estão fazendo os devotos do símbolo da redenção, todas as noites, rezas com cânticos em preparação. A festa dia 4 próximo, quando haverá procissão.”
O padroeiro sempre foi o São João, mas festejavam a festa da Santa Cruz e, como está escrito no livro “Se essa rua fosse minha”, de Lucy de Assis Silva, na página 91, a senhora Efigênia Dias diz: “quem lembra do cruzeiro, ao lado da igrejinha, onde os moradores faziam a festa de Santa Cruz, enfeitando tudo com flores e fitas coloridas de papel crepom, orando e cantando”.
Em 1° de maio de 1969, em frente a capelinha, numa manhã de sol, o povo do bairro acolheu Padre Cornélio Moerel, Missionário Operário, vindo da Holanda para guiar essa comunidade. Na verdade, Cornélio foi nomeado na data acima, como novo pároco da Paróquia do Bom Pastor, e a Capela de São João, passaria a pertencer ela e o padre ficou responsável pelas duas igrejas.
O Padre Cornélio solicitou o Arcebispo de Mariana, Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, o desmembramento da paróquia e finalmente, em 19 de janeiro de 1990, foi criada a Paróquia de São João Batista, a sétima a ser criada em Conselheiro Lafaiete, sendo assim desmembrada do Bom Pastor.
No Museu Antônio Perdigão, eu vi um convite do Padre Cornélio, para o senhor Perdigão, para ir na missa de 26 de fevereiro de 1990 em uma segunda-feira, onde dizia que finalmente seria criada a Paróquia São João Batista e que a Missa de ação de graças, seria celebrada por Dom Luciano e Padre Cornélio.