sábado

, 21 de dezembro de 2024

Processo de Monsenhor Horta

Biografia

Monsenhor José Silvério Horta nasceu na fazenda de Monte Alegre, em Gesteira, distrito de São José da Barra Longa, no dia 20 de junho de 1859. Era filho de José Caetano Ramos Horta e Ana Jacinta Gomes de Figueiredo Horta e irmão de Afonso, Carlos, Maria, Manoel e Artur.

“Durante seus 47 anos de sacerdócio, a principal incumbência de Monsenhor Horta consistiu em dar suporte a esses prelados nas funções político-administrativas da Cúria, principalmente como secretário do Bispado e vigário-geral. Além disso, ele foi também cônego da Sé e, por algum tempo, exorcista da Diocese, mas a prática que melhor o configurou como religioso foi sua extremada dedicação aos pobres, enfermos e pessoas em busca de consolo espiritual”¹

Em seus últimos anos de Vida, Monsenhor Horta ganhou fama de santidade, o que fazia com que seus pertences fossem disputados como relíquias. Nesse contexto, Monsenhor Horta escreveu em 1932, a pedido de Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos, seu Manuscrito autobiográfico, vencendo a sua própria repugnância de tal ato e desejando que fossem destruídas ou pelo menos não publicadas. O texto encontra-se disponível apenas na versão fotocopiada de uma transcrição produzida em 1965 pelo padre José de Alvarenga Freitas, a partir do documento original que encontra-se extraviado.

Processo

O processo de beatificação e canonização de monsenhor Horta foi introduzido na sua fase diocesana no dia 27 de março de 2010, logo após a Missa do Crisma. De acordo com Dom Geraldo, a escolha desta data, 27 de março, foi para marcar o Ano Sacerdotal e, desta forma, prestar uma grande homenagem ao clero de Mariana. No mesmo dia, Dom Geraldo estabeleceu que no dia 20 de cada mês, na igreja das Mercês, em Mariana, junto ao qual está o túmulo de Monsenhor Horta, seja realizada uma celebração pedindo a Deus a Graça da canonização de Monsenhor Horta.

¹BUARQUE; PIRES. Monsenhor José Silvério Horta e a Espiritualidade do Bom Pastor (1859-1933). Belo Horizonte, MG: Fino Traço, 2012.