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1º dia da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral é marcada por análise de conjuntura e partilha sobre as regiões

20 de setembro de 2022 Arquidiocese

Teve início no sábado, 17 de setembro, a 29ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. Reunindo cerca de 130 pessoas, entre párocos, coordenadores paroquiais e membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), esse primeiro dia foi realizado on-line, pela plataforma Zoom, e marcado pela análise da conjuntura atual e de partilha sobre as realidades das cinco regiões pastorais desta Igreja Particular. 

Em clima orante, a Equipe Arquidiocesana de Liturgia preparou um momento de oração, quando foram recordados a vida e o testemunho de Isabel Cristina, foi pedida a sua intercessão durante a realização deste evento eclesial. Ainda, os presentes agradeceram a Deus pela beatificação da Mártir, que será realizada em 10 de dezembro, ano que marca os 40 anos do seu martírio. 

Reacender o ardor missionário

O evento teve início com a fala do Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, que destacou que a grande luz da Assembleia é o Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE). Relembrando que o documento é o que orientará os passos desta Igreja Particular até 2026, ele ainda comentou sobre os encaminhamentos práticos propostos para a efetivação do PAE.

Segundo Dom Airton, todos esses encaminhamentos dizem a respeito da missão de todos os batizados. Baseando-se no primeiro tópico, que trata sobre a promoção da missão ad gentes, o Arcebispo Metropolitano de Mariana enfatizou a necessidade de despertar o ardor missionário nesta Igreja Particular. 

Ainda em sua interlocução, o Pastor desta Arquidiocese demonstrou o seu desejo em transformar a Dimensão Missionária naquilo que é essencial para a vida da Igreja. “Não é uma dimensão apenas. A missão e a missionariedade são constitutivas da essência da Igreja. A Igreja se não for missionária não é Igreja. A nossa fé se não for missionária, não é uma fé verdadeiramente cristã; é sentimento, bondade… é tudo isso, que é humano, mas que não tem a ver com a fé. Então, transformemos todas as nossas ações em missão. E lembremos que a ação da Igreja, que é pastoral, […] não pode ser outra se não missionária”, disse. 

Análise de conjuntura

Inspirando-se nas duas análises de conjuntura apresentadas ao episcopado brasileiro nas duas etapas da 59ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Padre Euder Canuto apresentou suas percepções sobre esses documentos. 

Para isso, ele reuniu os principais elementos que se podem constatar objetivamente em nosso contexto atual e provocou os participantes da Assembleia a refletirem sobre a situação atual e a se perguntarem, sobretudo, como poderão exercer a verdadeira profecia, ajudando a sociedade a enxergar essa realidade com o olhar de Deus de modo a não serem também sequestrados pelas ideologias, sejam elas quais forem. “Nós, como Igreja, devemos ter uma atitude profética: olhar para a realidade com o olhar de Deus”, evidenciou  Padre Euder.

Outro ponto ressaltado pelo sacerdote em sua fala, foi a necessidade dos presbíteros se comprometerem, como bons pastores, e se preocuparem com a saúde espiritual, psíquica e física de cada pessoa. Isto é, com a saúde integral de cada um. 

Por fim, utilizando-se dos textos de Jeremias e de Josué, Padre Euder sugeriu aos participantes que se deixassem interpelar pela ideia de que como membros da Igreja não nos cabe nunca substituir a consciência de ninguém, mas especialmente ajudar a todos a exercitar a reflexão para que assim todos se tornem aptos a tomarem por si mesmos as suas decisões.

Partilhas das regiões

Também houve um momento de interação em que os participantes puderam comentar sobre as suas percepções sobre a análise de conjuntura. À oportunidade, o Pároco da Paróquia de São Silvestre, em Viçosa (MG), e Assessor Arquidiocesano das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Padre José Afonso de Lemos, destacou que análise de conjuntura é importante, pois “devemos conhecer o chão em que pisamos”. 

Em seguida, os Vigários Episcopais das cinco regiões pastorais da Arquidiocese de Mariana compartilharam sobre como tem sido a caminhada nos regionais neste ano, falando sobre os desafios do tempo presente, como foi executada a fase de escuta do Sínodo 2021-2023, apontando as suas dificuldades e ganhos, como está sendo a retomada das atividades presenciais após o período de restrições impostas pela pandemia, a implementação do PAE, entre outros assuntos relevantes.

De modo geral, os Vigários Episcopais afirmaram que com a pandemia foram impulsionadas as pastorais da acolhida e da comunicação nas regiões, pontuando a importância e a necessidade de fortalecimento das mesmas. 

Avaliação

Para o Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Padre José Geraldo de Oliveira, esse primeiro momento da 29ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral foi muito importante, pois foi aberto à participação de todos os padres, diáconos e coordenadores paroquiais de pastoral. 

“Dois assuntos foram centrais: a análise de conjuntura do atual cenário mundial e nacional e a apresentação das perspectivas de cada região pastoral nesses tempos difíceis que vivemos, a partir do PAE e da escuta em vista do Sínodo 2023”, destacou Padre José Geraldo. 

O segundo momento da Assembleia será presencial, como continuação do momento on-line. A fase presencial acontece neste sábado, 24 de setembro, no Colégio Arquidiocesano de Ouro Preto, com a participação dos membros dos Conselhos Regionais de Pastoral (CRP) e do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP). 

“É importante a participação de todos os membros dos Conselhos, pois será um momento de encontro, partilha, celebração e busca de perspectivas para caminharmos juntos na construção do Reino, inspirados no Projeto Arquidiocesano de Evangelização e no resultado da Escuta em vista do Sínodo”, motiva Padre José Geraldo.