O Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) esteve reunido ao longo da última sexta-feira, 24 de fevereiro, no Centro de Pastoral, em Mariana (MG), para o primeiro encontro de 2023. Durante a reunião, os membros deliberaram sobre a 30ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, agendada para os dias 22 e 23 de setembro, e deram início aos seus preparativos.
Seguindo a pauta preparada pela Coordenação do CAP, elaborada em reunião do dia 15 de fevereiro, o Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Padre José Geraldo de Oliveira, deu início ao encontro apresentando as propostas para a realização da Assembleia. No encontro preparatório, os presentes sugeriram que o evento arquidiocesano ocorresse de modo presencial, tendo como objetivo pensar em mecanismos para revitalizar as comunidades.
Com o tema sugerido de “De corações ardentes, reavivar comunidades eclesiais na comunhão e participação”, sendo o termo eclesial incluído após as considerações do CAP, e o lema “Escuta o que o Espírito diz às Igrejas”, para este ano, é previsto que a Assembleia seja propositiva. Para isso, a ideia é que sejam feitos momentos de avaliação, com o intuito de propor novas ações, sem gerar um novo documento.
Ainda, a fim de ajudar as comunidades e paróquias a viverem a 30ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, pensou-se em um momento preparatório à assembleia quando serão enviados às paróquias subsídios a serem estudados e refletidos. Posteriormente, cada paróquia deverá enviar até julho ao Centro Regional de Pastoral as suas respostas que, por sua vez, deverá realizar a síntese dos materiais e apresentá-la de maneira crítica e analítica durante a Assembleia de modo que possa contemplar a realidade arquidiocesana.
Após a apresentação das ideias para a Assembleia, os integrantes do CAP foram divididos em cinco grupos para discutirem sobre as propostas e opinarem sobre elas, apresentando os seus pontos de vista aos demais presentes.
À ocasião, os participantes apontaram alguns aspectos que veem como necessários de atenção ia como o uso das redes sociais e dos meios de comunicação para fazer a divulgação da Assembleia, de modo fazer chegar a notícia às comunidades, mas também os assuntos que serão debatidos; trabalhar a questão da participação das crianças e dos jovens na vida da Igreja; e que os subsídios preparatórios sejam simples e objetivos. De modo geral, as sugestões da Coordenação do CAP foram acolhidas pelos demais membros do Conselho.
Destacando que é responsabilidade do CAP reanimar as ações evangelizadoras e pastorais, Padre José Geraldo explicou a importância de trazer esse assunto como tema central da 30ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. “De fato, há uma necessidade dessa revitalização, desse reanimar ou de renovar, aquilo que a Igreja sempre diz: evangelizar com renovado ardor missionário. É esse ardor missionário que nós precisamos renovar em nossas comunidades”, disse.
“Nessa primeira reunião do ano, já podendo contar com a presença de todos os membros do CAP, o que estava difícil em outras ocasiões por causa da pandemia, cada um voltou para a sua comunidade com esse compromisso de revitalizar a comunidade e na Assembleia buscar meios de fazer isso da melhor maneira possível para que as pessoas possam ser reanimadas na caminhada, transformando esse mundo de sofrimento, e buscando [ser] uma Igreja transformadora, [com] uma evangelização que promova a vida e a unidade dessas pessoas todas. Então, não somente reanimar aqueles que estão na ativa na ação evangelizadora e pastoral, mas levar força, coragem e fazer renascer a esperança no coração de tanta gente”, complementou o Coordenador Arquidiocesano de Pastoral.
Outra temática debatida durante a reunião do CAP foi sobre o Ministério da Palavra na Arquidiocese de Mariana. À oportunidade, pontuou-se a necessidade de buscar uma conceituação de quem seriam os ministros da Palavra, além de diferenciá-los dos leitores e dos dirigentes das celebrações.
“Como expressão de uma Igreja ministerial, nós queremos ajudar com que todos possam assumir, de fato, a sua missão com o corpo eclesial. O Ministério da Palavra vem auxiliar no serviço, de fato, da Palavra nas nossas comunidades. Nós colocamos no Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE) que nenhuma comunidade poderia ficar sem a reflexão da Palavra e a Eucaristia aos domingos. Então, estruturar propriamente o ministério dito é também dar continuidade a aquele compromisso assumido no PAE para que todos possam, de fato, celebrar a Palavra ao menos aos domingos”, ponderou o Assessor Arquidiocesano da Dimensão Litúrgica, Padre Lucas Germano.
Para isso, os grupos de trabalho pensaram em propostas de formação para os Ministros da Palavra, ponderando, especialmente, a necessidade de retomar os cadernos litúrgicos produzidos pela Arquidiocese de Mariana. No total, são seis documentos deste tipo. “Então, esse é o desejo nosso de reestruturar esse ministério, entendendo aquilo que é propriamente: ministro, leitor e dirigente”, enfatizou o Assessor da Dimensão Litúrgica.
Segundo Padre Lucas Germano, a partir das ideias e apontamentos ocorridos no CAP, será criada uma comissão mista, composta por diversas frentes, como a Equipe Arquidiocesana de Liturgia e a Dimensão Bíblico-Catequética para dar continuidade às discussões realizadas.
O aspecto missionário da Arquidiocese de Mariana, especialmente, por meio do projeto Igrejas Irmãs, também foi discutido no último CAP. De acordo com o Padre João Paulo da Silva, será necessário retomar todo o trabalho produzido nesta Igreja Particular a fim de implementar, na prática, esse projeto, visto que, Almenara (MG), a atual Igreja Irmã de Mariana, encontra-se com a sede vacante – sem a presença de um bispo dicoesano.
“A nossa Arquidiocese é uma arquidiocese eminentemente missionária. Podemos contar hoje com vários padres que já prestaram esse serviço em outras dioceses e isso demonstra exatamente esse caráter missionário da nossa Arquidiocese de Mariana. Se você for percorrer o Brasil para saber quais dioceses que têm esse tanto de padre sempre em missão vai ser muito desafiador você encontrar. Então, é por isso que nós destacamos essa importância das pessoas, dos padres que se colocam a serviço, na simplicidade da sua vida dá essa essa grande colaboração em outras dioceses”, compartilhou Padre João Paulo.
Atualmente, três sacerdotes do Clero Marianense estão em missão: os Padres D’Artagnan de Almeida Barcelos e José Geraldo Magela Vidal na Diocese de Xingu-Altamira (PA), e o Padre Alex Martins de Freitas na Arquidiocese de Porto Velho (RO).
Fotos: Thalia Gonçalves