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, 29 de dezembro de 2024

“A experiência do Encontro com Deus é sempre iniciativa do próprio Deus”, afirma Monsenhor Danival durante o Sermão do Encontro, em Mariana

27 de março de 2024 Arquidiocese

Na noite desta terça-feira, 26 de março, os fiéis de Mariana (MG) participaram, na Praça Minas Gerais, do Sermão do Encontro que, neste ano, foi pregado pelo Bispo Auxiliar Eleito de Goiânia (GO), Monsenhor Danival Milagres Coelho.

O encontro foi antecedido pela celebração da Santa Missa, às 19h. A primeira, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, onde estava depositado a imagem do Senhor dos Passos.

Dom Airton presidiu a celebração na Igreja Nossa Senhora do Rosário.

Simultaneamente, o Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Padre Geraldo Luzia, rezava a Santa Missa na Capela Nossa Senhora de Nazaré, onde estava depositada imagem de Nossa Senhora das Dores.

Após as celebrações, o clero, religiosos (as) e fiéis presentes caminharam pelas ruas da cidade as procissões com as imagens, partindo de suas respectivas localizações, em direção à Praça Minas Gerais.

Durante o trajeto, foram visitados os Passos da Paixão, que estavam decorados e preparados para a ocasião. Ao som dos motetos, na oportunidade, eles foram incensados por Dom Airton, que também concedeu a bênção do Santo Lenho.

Sermão do Encontro

Monsenhor Danival foi o pregador do Sermão do Encontro em Mariana.

Por volta das 21h10, com a chega das duas procissões na Praça Minas Gerais, deu-se início o Sermão do Encontro, proferido por Monsenhor Danival. Na porta do Santuário Arquidiocesano de Igreja Nossa Senhora do Carmo, o sacerdote começou suas reflexões pontuando que esse rito não é uma mera repetição, pois na liturgia da Igreja não há repetições, mas sim aprofundamento no mistério da fé.

Em sua pregação, Monsenhor Danival chamou a atenção para a imagem do Deus que busca e encontra seus filhos. “Queridos irmãos e irmãs, não podemos nos esquecer de que a experiência do Encontro com Deus é sempre iniciativa do próprio Deus. Aí está a diferença do cristianismo com as outras religiões não cristãs. Nessas o ser humano busca Deus, naquela, temos um Deus que nos busca, um Deus que vem ao nosso encontro. Na vida de Maria não foi diferente. Deus veio ao seu encontro desde a sua Concepção imaculada; Deus veio ao seu encontro ao escolhê-la e chamá-la para ser a mãe de seu Filho Jesus. E agora, Maria é que se coloca a caminho para ir ao seu encontro, no caminho do calvário”, disse.

Segundo Monsenhor Danival, a presença dos fiéis nesse sermão deveria ser diferente da multidão de curiosos e sedentos por um espetáculo de violência que acompanhava Jesus para o caminho do Calvário.

“O que nos trouxe aqui, hoje, queridos irmãos e irmãs? A nossa curiosidade para ver como será esta cena e o Sermão do Encontro? A nossa tradição religiosa de cumprir um preceito recebido dos nossos pais ou porque reduzimos a Semana Santa a um evento cultural, capaz de atrair turistas e telespectadores? O que nos atrai aqui nesta noite? A única resposta, queridos irmãos e irmãs, como motivação verdadeira deve ser a fé, como resposta ao amor de Deus, que teve a iniciativa de vir ao nosso encontro para estabelecer conosco uma nova e eterna aliança de amor. Foi pela fé que Maria disse seu sim e seguiu Jesus até o fim, indo também ao seu encontro no caminho do Calvário”, ponderou o bispo eleito.

Citando o encontro de Maria com sua prima Isabel, Monsenhor Danival lembrou o convite da Campanha da Fraternidade 2024, em cultivar a amizade social, pois somos todos irmãos e não podemos viver em isolamento ou fechados em círculos de amizade meramente funcionais.

O cântico de Verônica também foi entoado.

Finalizando o Sermão, o bispo eleito fez uma citação a São Paulo e convocou aos presentes a continuar a caminhada como Maria.

“Continuemos nossa caminhada, com Maria, a mulher da esperança, a discípula fiel, vivendo a nossa fé como resposta gratuita ao amor de Deus e sejamos, de fato, pessoas conquistadas pelo amor de Cristo, ao ponto de dizer como São Paulo: vivo pela fé naquele que me amou e se entregou a si mesmo por mim, por isso, já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim. Pecador contrito, segue o teu Jesus, que por teu amor vai morrer na cruz!”, ressaltou.

Procissão das duas imagens rumo à Catedral.

As imagens de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora se encontraram, simbolizando o triste momento durante o caminho para o Calvário, em que Maria encontra seu filho carregando a cruz, desfigurado, sangrando e humilhado. Ao final da reflexão, as imagens seguiram em procissão, visitando os últimos Passos da Paixão, em direção à Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção, onde foram recebidas por badaladas dos sinos, por volta das 22h50.

Texto e fotos: Paulo César Govêa/Arquidiocese de Mariana

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