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Novos documentos para a segunda sessão do Sínodo sobre a sinodalidade são apresentados

19 de março de 2024

Os Cardeais Mario Grech e Jean-Claude Hollerich, respectivamente, secretário-geral do Sínodo e relator-geral da Assembleia, apresentam dois documentos na Sala de Imprensa do Vaticano na quinta-feira, 14 de março, em vista da segunda sessão do Sínodo sobre sinodalidade a ser realizada de 2 a 27 de outubro deste ano.

O primeiro documento, intitulado Como ser uma Igreja Sinodal em missão?, diz sobre as diretrizes para a próxima Assembleia. O outro, listando os dez temas escolhidos pelo Papa, que serão aprofundados em Grupos de Estudo, coordenados pelos Dicastérios competentes, com a participação de bispos e teólogos. Dois documentos que já são “frutos” visíveis do Sínodo, destacou o cardeal Grech.

Os pontos apresentados pelo Povo de Deus

Detendo-se aos temas, o Cardeal Hollerich esclareceu como a escolha e a subdivisão deles foram uma consequência direta do que emergiu no Relatório Final de Síntese da primeira sessão, que, por sua vez, foi o resultado das discussões entre os participantes da Assembleia; eles próprios, o resultado do envolvimento das Igrejas locais dos cinco continentes. Um “processo”, de fato. Isso deve refletir o trabalho dos dez grupos: algo que continua e que “não termina com o Sínodo sobre a sinodalidade”, como o teólogo Piero Coda, secretário-geral da Comissão Teológica Internacional, destacou: “certamente haverá repercussões importantes na continuação da própria assembleia sinodal”.

“Somos servidores do processo sinodal”, observou. Isso não significa que “lidamos com todos os pontos que surgem na discussão do Sínodo, mas apenas com aqueles apresentados pelo povo de Deus. Não fazemos política na Igreja, somos servidores desse processo sinodal. Nunca coloquei meu próprio conteúdo, mas o conteúdo do povo de Deus”.

Veja como foi a apresentação AQUI

Carta e documentos

Sobre esses dez temas, os mesmos que emergiram da primeira sessão do Sínodo sobre a sinodalidade em outubro de 2023 e cristalizados no Relatório de Síntese votado quase por unanimidade, serão constituídos tantos Grupos de Estudo que funcionarão até junho de 2025, coordenados pelos Dicastérios competentes, aprofundarão nuances, instâncias, eventuais novidades e “repercussões” teológicas ou jurídicas e pastorais.

A decisão do Papa foi anunciada em um quirógrafo de 16 de fevereiro deste ano. Ela entrou em vigor a partir do dia 14 de março, como o próprio Papa Francisco anunciou em uma carta ao secretário-geral do Sínodo, o Cardeal Mario Grech, assinada em 22 de fevereiro, mas que foi divulgada simultaneamente à publicação e à apresentação dos dois documentos da Secretaria Geral do Sínodo. Não apenas aquele sobre os grupos de estudo, mas também um outro documento intitulado “Como ser uma Igreja sinodal em missão?”, que destaca as cinco perspectivas a serem aprofundadas teologicamente em vista da Segunda Sessão, programada de 2 a 27 de outubro de 2024.

Mais detalhadamente, a Secretaria Geral do Sínodo, em acordo com os Dicastérios, deverá criar tais grupos chamando pastores e especialistas de todos os continentes para participar, “levando em consideração não apenas os estudos existentes, mas também as experiências mais relevantes em andamento no Povo de Deus reunido nas Igrejas locais”. O desejo do Papa é que esses grupos de estudo “trabalhem de acordo com um método autenticamente sinodal”, e a Secretaria Geral do Sínodo deverá atuar como “tutora”. Todo o foco estará no tema geral que pode ser resumido em uma pergunta: “Como ser uma Igreja sinodal em missão?”. Os Grupos de Estudo, prossegue o Papa, apresentarão um relatório inicial de suas atividades na Segunda Sessão e concluirão seu mandato até junho de 2025.

Os dez temas são:

  1. Aspectos das relações entre Igrejas Católicas Orientais e Igreja Latina;
  2. A escuta do grito dos pobres;
  3. A missão no ambiente digital;
  4. A revisão “em uma perspectiva sinodal missionária” da Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis;
  5. Os ministérios (incluindo a reflexão sobre o lugar e a participação das mulheres na Igreja e a pesquisa sobre o acesso das mulheres ao diaconato);
  6. A revisão, em uma perspectiva sinodal e missionária, dos documentos sobre as relações entre Bispos, Vida Consagrada, Agregações Eclesiais;
  7. A figura e o ministério do bispo;
  8. O papel dos núncios;
  9. Critérios Teológicos e Metodologias Sinodais para um discernimento compartilhado de questões doutrinárias, pastorais e éticas controversas;
  10. A recepção dos frutos do caminho ecumênico nas práticas eclesiais.

Saiba mais sobre cada um dos temas AQUI

Texto: Salvatore Cernuzio – Vatican News/Adaptado

Foto: Vatican Media

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