domingo

, 22 de dezembro de 2024

Padre Márcio Vieira Viana é sepultado em Pedra do Anta (MG)

11 de novembro de 2024 Arquidiocese

Na noite de sábado, dia 9 de novembro, retornou para a casa do Pai, Padre Márcio Vieira Viana. O velório do sacerdote teve início logo pela manhã de domingo, 10 de novembro, em sua terra natal, Pedra do Anta (MG). Marcado por orações e homenagens, durante toda manhã, vários amigos, familiares, conterrâneos e sacerdotes se fizeram presentes e deram seu adeus ao clérigo.

Segundo o Diretor da Casa do Padre, em Barbacena (MG), Padre Sebastião César Moreira, OCS, Padre Márcio estava bem e tinha, recentemente, estado em sua casa, em Pedra do Anta (MG). Padre Márcio foi um dos primeiros padres a compor a Casa do Padre, que acolhe sacerdotes da Arquidiocese.

A Celebração da Eucaristia com o Rito das Exéquias aconteceu às 13h, na matriz de São Sebastião, em Pedra do Anta (MG), e foi presidida pelo Arcebispo de Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos. Juntamente com os presbíteros presentes e diácono, Dom Airton fez a encomendação e, ao som do hino do Terço dos homens e do toque fúnebre dos sinos, o féretro deixou a Igreja Matriz e seguiu para o sepultamento no Cemitério local.

“Estamos aqui para agradecer a Deus e nos despedirmos do Padre Márcio. [Ele] cumpriu aquilo que Deus lhe pediu em vida. Superou tantas dificuldades. Para cumprir a vontade de Deus não é fácil. Cumprir a vontade de Deus significa colocar-se nas mãos de Deus. Talvez, essa seja a grande característica do Padre Márcio. Sempre se colocou nas mãos de Deus”, afirmou Dom Airton no início da homilia.

Santa Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos – Matriz de São Sebastião, em Pedra do Anta (MG).

Visivelmente emocionado, o Pároco da Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja, em Congonhas (MG), Padre Geraldo Barbosa, relatou sua emoção e amizade, de longa data, com o sacerdote.

“Há 50 anos nos conhecemos, 5 anos no [Seminário] Menor e 5 no [Seminário] Maior. Formávamos um quarteto, com Oscar e Gilson. Sempre próximos, mesmo quando a distância era maior [quando ele estava em] Guiné Bissau, Santa Cruz de La Sierra e, por último, na casa dos padres. Partiu sem dizer ‘adeus’, para entregar-se definitivamente a Deus. Oh, ‘Jevous’, estimado pe. Márcio e querido amigo, desfrute das alegrias eternas, seja perpetuamente iluminado pela luz divina. Interceda por nós, junto aos seus pais, nosso irmão Antônio Eustáquio e tantos outros que nos precederam. Esperamos e cremos na vida eterna”, disse Padre Geraldo.

Nas redes sociais, Padre Márcio também foi muito lembrado e homenageado. Entre as homenagens, ganha destaque o singelo e profundo relato feito pelo Pároco da Paróquia São João Batista, em Conselheiro Lafaiete (MG), Padre Paulo Barbosa. Nele, Padre Paulinho (como é mais conhecido), destacou a simplicidade do Padre Márcio. “Pe. Márcio, vulgo Jevu (do francês “Je vous”- introdução da Ave Maria), era grande amigo. Primeiro, destaco sua humildade. Era simples e não tinha vaidades ou pretensões. Sabia viver com as situações mais elementares. Em segundo lugar, era muito inteligente e não deixava que isso transparecesse. Lembra-me a Leitura de Notas do Seminário Menor, quando ele era ovacionado por ter alcançado as melhores notas. Não tinha necessidade de se mostrar sábio e perspicaz. Era uma inteligência lúcida de tudo e de todos”, destacou o sacerdote.

Familiares, sacerdotes e amigos acompanham o Rito de Encomendação.

Outra virtude do Padre Márcio era a sua desenvoltura e domínio da arte da música. Além de ser um grande conhecedor e amante da música, durante muito tempo, foi professor de música no Seminário. “Outra característica era o dom musical para os teclados e, também, para as cordas do violão. Tocava maravilhosamente. Dizia ele que a música não podia ser estridente e alheia aos sentidos. Tocava todos os ritmos e os dominava como ninguém. Era respeitado no toque e na teoria musical, como professor de Música do Seminário. Discreto, não deixava enaltecer a potencialidade de seus talentos”, conta Padre Paulinho.

Padre Márcio faleceu com 63 anos, e atuou em várias paróquias da Arquidiocese de Mariana, ainda foi missionário em outros países como Bolívia e Guiné-Bissau.

“Não teve medo de levar o Evangelho com sua simplicidade e amor ao Cristo e à Igreja. Muitas saudades ficarão no coração de quem o estimava.  Era antenado aos acontecimentos do cotidiano, sempre com um radinho por perto. Vez em quando, telefonava para cumprimentar pelos aniversários. Será sempre lembrado! O Pai Celeste acolha este filho querido”, finaliza Padre Paulo Barbosa.

Momento do Sepultamento. Cemitério local de Pedra do Anta (MG).

Fotos: Cristiana da Silva Lopes

Leia também

Nota de pesar pelo falecimento do Padre Márcio Vieira Viana