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Caminho Religioso da Estrada Real é tema de seminário em Mariana

14 de junho de 2017 Arquidiocese

Representantes das paróquias e das cidades vinculadas a arquidiocese se reuniram nessa terça (13) para o seminário de sensibilização e promoção do Caminho Religioso da Estrada Real (CRER), que apresentou os planos de instalação da “Romaria 550”, a futura maior rota de turismo religioso no Brasil a ser inaugurada no dia 3 de setembro.

A Romaria 550 sai do Santuário Estadual de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG), com destino ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida (SP). Ela recebeu esse nome devido a comemoração dos 250 anos de devoção a Nossa Senhora da Piedade e aos 300 anos da descoberta da imagem de Nossa Senhora Aparecida. O caminho passa por 30 cidades mineiras e 6 paulistas, doze delas pertencem a arquidiocese de Mariana: Barão de Cocais, Casa Grande, Catas Altas, Cocais, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Entre Rios de Minas, Mariana, Ouro Branco, Ouro Preto, Santa Bárbara e São Braz do Suaçuí.

No seminário, o coordenador de pastoral arquidiocesano, Padre Geraldo Martins, apresentou os motivos que fazem a Arquidiocese apoiar a iniciativa. “Nós sabemos que a arquidiocese de Mariana foi agraciada por Deus em riqueza cultural e artística que poucos conhecem. Todo o esforço para aproximar as pessoas dessa riqueza é bem-vindo. O CRER nasce também nessa perspectiva, de aproximar as pessoas dessa riqueza artística, cultural, religiosa. Nessa rota, Mariana abrange um espaço longo de vários municípios. Nós não só parabenizamos os organizadores, mas queremos nos colocar à disposição para dar o apoio que nos é possível”, expôs.

A ideia de criar uma rota religiosa partiu de Claudio Leão, técnico de demarcação do Instituto da Estrada Real, que dividiu a Estrada Real para trabalhá-la por etapas. As divisões marcam o Caminho dos diamantes, de Diamantina a Ouro Preto, o Caminho Novo, de Ouro Preto ao Rio de Janeiro e, por último, o Caminho Velho, que passa por locais religiosos, motivo que o levou a denominá-lo CRER. “Você indo a Caeté, Serra da Piedade, Caraça, depois Ouro Preto, Mariana, Santa Bárbara – todas essas cidades com história do barroco, com igrejas históricas – até Congonhas, São João Del Rey. Em São João Del Rey você tem Nhá Chicá que nasceu no Rio das Mortes e fez a vida dela em Baependi. Saindo de Minas você chega no primeiro santo brasileiro que é São Frei Galvão, você tem ainda a Canção Nova, em Cachoeira Paulista, e depois Aparecida. É um caminho Religioso”, explica.

Um dos diferenciais do CRER, segundo o diretor geral do Instituto Estrada Real, Eberchard Hans Ainchinger, é também ser um projeto de inclusão “Só vai funcionar se a população e os moradores ao longo do caminho se apropriar dele. Não é só mais um projeto. A ideia realmente é o envolvimento das comunidades do projeto CRER”. O coordenador das pastorais da Cultura e do Turismo da Arquidiocese de Belo Horizonte, professor Josimar Azevedo, reforça: “para nós que somos de igreja, podemos dizer que é um território do sagrado onde Deus escolhe se comunicar com as pessoas. Essa identidade religiosa é fundamental. Portanto não poderia ser diferente que na organização desse caminho o ponto chave articulador sejam pessoas, peregrinos, romeiros e as comunidades locais”.

A saída dos peregrinos que irão a pé pela estrada será no dia 3 de setembro, para os que irão a cavalo será dia 17, de bicicleta dia 24 e de veículo 4×4 no dia primeiro de outubro. O caminho religioso será reconhecido formalmente como uma romaria de Aparecida no dia 9 de outubro, dia da chegada dos romeiros, em uma missa às 9h da manhã no Santuário de Aparecida. Cada participante receberá um certificado.

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