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Carisma do padre diocesano: amor pela diocese, carinho pelo bispo, fraternidade presbiteral e amor pelo povo de Deus

29 de fevereiro de 2024 Arquidiocese

No último dia com a assessoria do Padre Humberto Robson de Carvalho, quarta-feira, 28 de fevereiro, o 34º Encontro do Clero teve início com uma Santa Missa presidida pelo Padre José Raimundo Alves, que completa 25 anos de sacerdócio, e concelebrada pelo Padre Rogério Venâncio de Rezende, que celebra, em 2024, 60 anos de ministério presbiteral. Ambos falaram do chamado à vida sacerdotal e do quanto são felizes nessa vocação. “Vale a pena ser padre!”, exclamou Padre Rogério.

Da esquerda para a direita: Diác. Francisco Vidal, Pe. Jackson Braga, Pe. José Raimundo, Pe. Rogério Venâncio, Dom Airton José dos Santos, Pe. Adelson Clemente e Diácono José Mário Barbosa.

O carisma do padre diocesano é a diocesaneidade

A explanação do assessor foi marcada pela importante e desconhecida palavra: diocesaneidade. Durante sua fala, ele apresentou aos presbíteros que essa condição deve ser bem vivida e vivida com amor. O carisma do padre diocesano é estar inserido em um contexto, em uma diocese, amando-a e respeitando-a como território sagrado.

Outra característica apresentada da diocesaneidade é a fraternidade presbiteral. Aspecto fundamental e indispensável ao se pensar em presbitério. A pessoa humana é ser de relação e de vulnerabilidades, por isso, esse aspecto não deve ser “exorcizado” do meio. A fraternidade presbiteral corresponde a pertença e ao amor que o presbítero manifesta com sua diocese; o carinho e filiação com o seu bispo, pai espiritual; e amor incondicional para com a porção do povo a ele entregue para o cuidado.

Padre Humberto foi o assessor do Encontro do Clero.

Para o assessor, muitos acreditam que o padre diocesano não possui uma espiritualidade, contudo, é um engano afirmar isso. Segundo ele, a espiritualidade do padre diocesano é inspirada no Cristo, Bom Pastor e tem esses quatro amores como fonte e meta: amor à diocese, amor ao bispo, amor ao presbitério e amor ao Povo de Deus.

“A espiritualidade do padre religioso está no seu fundador, a nossa espiritualidade [de padres diocesanos] está na vivência desses quatro elementos e na paróquia”, explicou. De acordo com ele, esses amores revelam que o padre está dando continuidade à missão iniciada por Jesus Cristo, o missionário do Pai. Desse modo, constitui e dá sentido à vida e espiritualidade do padre diocesano.

O padre deve ser um homem da Páscoa, sempre capaz de superar os problemas e dificuldades do dia a dia, com alegria, entusiasmo, bom senso, bom humor e equilíbrio. Assim será o “homem da ressurreição”, reflexo do amor da Santíssima Trindade. À medida que se reconhece “plenamente humano, também é pleno de Deus”, destacou Padre Humberto.

Outro ponto frisado por Padre Humberto foi a importância da paróquia na vida do sacerdote, pontuando que ela é lugar de santificação do padre que, por sua vez, deve levar os seus paroquianos a viver uma vida de santidade. “A paróquia é uma riqueza imensurável. Nós precisamos resgatar as riquezas da paróquia porque é lá que o padre diocesano deve florescer; é lá que o padre diocesano tem que dar o melhor de si e transformar a paróquia num pedaço de céu”, enfatizou.

Confraternização

O final da tarde e noite foram marcados por momentos fortes de confraternização e encontros espontâneos entre os padres, como a tradicional partida de futebol. À noite, uma confraternização fez com que todos reafirmassem que momentos assim devem constituir também a vida presbiteral.

Recém-chegado da missão em Porto Velho (RO), o Padre Alex Martins de Freitas compartilhou suas impressões sobre o evento. “É bom estar de voltar e poder participar de um encontro tão fraterno e acolhedor como está sendo este ano. Muito obrigado aos irmãos que estão à frente da organização. Muito obrigado pelo esforço de todos em viver a diocesaneidade na acolhida também dos irmãos padres religiosos em nosso meio”, disse.

Texto e fotos: Pe. Róbson da Cunha Chagas

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