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Salvaguardando o Patrimônio Histórico: Arquidiocese de Mariana firma mais uma parceria com a FAOP

29 de agosto de 2022 Arquidiocese

Na última quarta-feira, 24 de agosto, o Coordenador Arquidiocesano dos Bens Culturais, Padre Jean Souza, o Diretor do Arquivo Eclesiástico Dom Oscar de Oliveira, Padre Leandro Ferreira, e a Museóloga Fabiana Martins Souza receberam uma comitiva da Escola de Conservação e Restauro da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP)  composta pelas (os) técnicas (os) e professores Elisângela Figueiredo, Cybele Nascimento e Marcelino Lopes e o assessor da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade (EARMFA), César Teixeira.

A renomada instituição, com um importante histórico de trabalhos no campo da conservação e restauro de Bens Móveis e Integrados, já estabelece com a Arquidiocese de Mariana parcerias diversas na busca de conservar e restaurar parte do patrimônio que sofreu com os agentes de degradação. A equipe visitou o Museu Arquidiocesano e Arte Sacra e o Arquivo Eclesiástico Dom Oscar de Oliveira.

Desta visita frutuosa fora estabelecida mais uma parceria que ajudará na recuperação de parte do acervo arquidiocesano. O patrimônio que será recuperado é composto por um conjunto de nove peças da imaginária encerradas no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, atendendo à demanda de algumas paróquias e da própria instituição, duas pinturas de cavalete do acervo do Museu e do Arquivo Eclesiástico e material para o laboratório de papel do Arquivo Eclesiástico, que também servirão como material didático da Escola de Conservação e Restauro da FAOP.

Patrimônio Histórico-Cultural

A Arquidiocese de Mariana, bem no coração das Minas Gerais, possui um acervo histórico-cultural vastíssimo, cujas referências reportam à constituição e estruturação do Brasil. É inegável a importância do patrimônio que se agremia espalhado por toda circunscrição canônica da Arquidiocese.

O acervo patrimonial contém uma gama de manifestações: a arquitetura robusta dos prédios históricos e dos modernos prédios aos estilos diversos da imaginária colonial apresentam consigo expressões do barroco e do rococó e seus expoentes tais como Manoel da Costa Athaíde, Francisco Vieira Servas, Francisco Xavier de Brito e Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho). Também obras do clássico e neoclássico, bem como do moderno jeito de se expressar nas artes visuais, culturais e sociais do povo mineiro católico ou de outras tendências de inspiração de artistas de considerada envergadura como Cláudio Pastro.

Destaca-se a importância da música que colabora com a estrutura nosso acervo e constitui o Museu da Música, as diversas partituras espalhadas pelas paróquias da Arquidiocese que ainda servem ao culto católico.

Os arquivos históricos do Arquivo Eclesiástico Dom Oscar de Oliveira, o grande material literário da Biblioteca dos Bispos, das Bibliotecas dos Seminários, dos arquivos históricos daquelas Paróquias que conseguiram, ao longo do tempo, se consolidar na conservação e proteção do acervo arquidiocesano guardando-o fidedignamente. Lembra-se igualmente a imaginária que mantém em si as expressões de uma catequese artística que comunica com o povo de maneira diferenciada nas pinturas parietais, nas telas, nas imagens sacras diversas símbolos das expressões devocionais do povo católico.

Não é possível descrever nesse espaço esse imenso Patrimônio Histórico que diz muito, como fora lembrado acima, sobre a história de um povo.

Tal acervo precisa ser conservado e protegido para que não pereça sob a ação degradadora do dos agentes temporais, quais sejam, desde a ação humana às intervenções da natureza como, por exemplo, ações dos agentes biológicos diversos.

Imagem de Nossa Senhora do Rosário

Quando parte desse acervo sofre com os agentes de degradação provocando a deterioração do patrimônio faz-se necessária a parceria com profissionais competentes e com expertise comprovada para manutenção do Patrimônio. A consciência da necessária conservação preventiva pode colaborar, e muito, para se evitar que o avanço de ações predatórias não dilapide a história.

Reconhece-se que a escassez de recursos para que se possa promover a recuperação do acervo que se encontra em estado avançado de destruição é um considerável problema, dessa forma, algumas parcerias são bem-vindas. A competência técnica de bons profissionais pode, somada ao interesse das paróquias e dos demais organismos arquidiocesanos, bem como à execução de bons projetos e a busca e promoção de aquisição de recursos oferecem base sólida para proteção do presente acervo.

Colaboração: Comissão Arquidiocesana dos Bens Culturais

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