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Sexta-feira da Paixão: Dom Airton participa da Ação Litúrgica e do Sermão do Descendimento em Mariana

16 de abril de 2022 Arquidiocese

Aconteceu na tarde do dia 15 de abril, a Solene Ação Litúrgica da Sexta-feira Santa. Conduzida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, o ato foi realizado na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Mariana, às 15h, com a presença dos fiéis.

O único dia em que a Igreja não celebra a Santa Missa, a Sexta-Feira da Paixão é marcada pela morte e paixão de Jesus Cristo. Por esse motivo, em demonstração de luto, o altar estava sem tecidos e adornos e todas as velas da Igreja estavam apagadas. Nesse dia, todos os fiéis são convidados, solenemente, a acompanhar o Senhor no leito de sua morte, com penitências e jejuns.

Em sua fala, Dom Airton chamou a atenção para o sofrimento humano. Segundo ele, o ser humano não compreende a dor e quando é necessário passar por ela, se esquiva, mesmo que isso faça outras pessoas sofrerem. “Quando vemos que a nossa natureza comporta sofrimento, limitações, desesperos e angústias, entramos em pânico, não sabemos mais trabalhar com isso”, disse.

“A vida de cada um de nós é como uma batalha. Um guerreiro deve, antes de tudo, assimilar os golpes que com certeza irá tomar. Ninguém passa pela vida tranquilamente, pois assim como ela nos reserva alegrias, também tem surpresas e dificuldades. A tristeza, as decepções estão presentes na vida de cada um de nós e se não aprendemos a superar e assimilar esses golpes, a queda é muito bruta e não conseguimos levantar”, ressaltou.

Sermão do Descendimento da Cruz

Já à noite, às 19h30, o Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Mariana (MG), Padre Marcelo Moreira Santiago, proferiu o Sermão do Descendimento da Cruz, na Praça Minas Gerais do município.

À ocasião, além dele, estiveram presentes também o Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, o Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Padre Luiz Roberto de Souza, o Diretor de Estudos do Seminário São José, Padre Geraldo Dias Buziani, o Diretor e Formador do Instituto de Filosofia no Seminário Arquidiocesano São José, Padre Anderson Eduardo de Paiva e o Pároco da Paróquia e Catedral de Nossa Senhora da Assunção, Cônego Nedson Pereira de Assis. Junto deles, uma multidão de fiéis lotou a praça para refletir e acompanhar de perto este momento tão importante para a fé católica.

“Deus amou o mundo de tal maneira que deu a vida de seu Filho para que todo aquele n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Com essa inspiração, Padre Marcelo iniciou a sua pregação, destacando que era esse o pensamento que justificava a presença de todos ali.

“Nesta Cruz se encontra, de forma paradoxal, a maior expressão de amor. Uma vida doada, consumida para a salvação de toda humanidade. Ali se eleva o Cordeiro como perfeita oblação por todos nós, em razão também de nossos pecados”, disse.

Conforme o sacerdote, duas grandes paixões moveram a vida de Jesus, sendo uma delas o Pai, de quem Ele recebeu a missão. “Tantas vezes o vemos rezando ao Pai para vencer as tentações; para ser fiel à missão que lhe foi confiada; para em tudo realizar a santa vontade do Pai, de a todos salvar”, lembrou.

Já sua segunda paixão é o Reino de Deus. “De muitas formas, em palavras e gestos, vemos Jesus falando com sabedoria e ensinando com amor, sinalizando para todos a chegada do Reino de Deus, nosso Pai”. Voltando-se à cena do Calvário, ele enfatizou, mais uma vez, que Jesus morreu para libertar todos os homens do pecado.

“Parece irreal, mas é realidade. Ele veio para os seus e os seus não o receberam (Jo 1,11). Sim, veio para nós, mas nós o expulsamos de nossa vida. Veio trazer a Paz, mas nós lhe fizemos guerra. Veio trazer amor e nós o odiamos. Por isso, ei-lo no alto da Cruz. Eis aí, o Cristo, deformado pelos nossos pecados, pela nossa falta de amor, de generosidade, de convivência fraterna e de solidariedade”, afirmou.

Ele ainda ressaltou que Jesus veio para conquistar e salvar o mundo, mas não como os homens fazem, não com armas e com fogos, mas com amor e o Evangelho, e a sua morte clama pela nossa conversão, por um tempo de mais amor, partilha, justiça, solidariedade e paz.

“Ó Jesus, nós vos agradecemos porque nos amaste tanto, porque nos remistes. Hoje, presentes nessa praça, marco zero de nossa Minas Gerais, vos pedimos que pelo preço do vosso sangue, derramado no madeiro sagrado da cruz, abençoeis nossas famílias, nossas comunidades, nossa Mariana, nossa Arquidiocese e todos os peregrinos que aqui se encontram para que, em tudo, possamos fazer a vossa santa vontade e, um dia, possamos, enfim, ser introduzidos no Reino de vosso Pai do Céu. Amém”, finalizou.

Após o sermão, todos os fiéis, juntamente com o Clero presente, saíram em procissão pelas ruas do centro histórico da cidade até a Praça da Sé, onde Dom Airton abençoou a todos com o Santo Lenho.

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Fotos: Mariana Ferreira – DACOM Arquidiocese de Mariana 

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